Quem cumpre a lei, não teme o rei.

Quem respeita a lei não tem motivo para temer a autoridade, porque a conformidade com a lei protege contra punições e perseguições legais.

Versão neutra

Quem cumpre a lei não precisa temer a autoridade.

Significa que devemos obedecer a todas as leis sem questionar?
Não. O provérbio sublinha a proteção formal que a obediência à lei proporciona, mas não justifica aceitar leis injustas ou ilegítimas; a crítica e a reforma são também componentes da vida cívica.
Pode ser usado em contextos modernos, como empresas ou escolas?
Sim. Aplica‑se a qualquer esfera em que exista um conjunto de regras ou normas cuja observância evita penalizações ou conflitos.
O provérbio é aplicável em regimes autoritários?
Em regimes autoritários, a máxima perde parte da sua validade prática, porque cumprir a lei nem sempre impede abusos de poder ou perseguições arbitrárias.

Usa‑se para sublinhar a relação entre obediência à lei e segurança perante o poder político ou administrativo.
Não implica que todas as leis são justas; refere‑se à proteção formal que a lei confere quando é cumprida.
Pode aparecer em debates sobre civismo, direitos cívicos, relações entre cidadãos e Estado ou em conselhos práticos.
Tomar o provérbio literalmente numa situação de abuso de autoridade pode ser enganoso; em regimes autoritários, cumprir a lei nem sempre garante proteção.

O advogado disse-lhe que, enquanto tivesse a documentação em ordem e respeitasse as normas, não precisava preocupar‑se: quem cumpre a lei, não teme o rei.
Num debate na assembleia da empresa, um gestor recordou que o cumprimento do regulamento interno evita sanções disciplinares — afinal, quem cumpre a lei, não teme o rei.

Nem tudo o que é legal é justo — a legalidade não garante moralidade.
Em regimes autoritários, cumprir a lei pode não impedir arbitrariedades.
Há situações em que a lei protege interesses poderosos em detrimento dos cidadãos.