Quem dá, bem vende, se não é ruim o que recebe.

Quem dá, bem vende, se não é ruim o que recebe. ... Quem dá, bem vende, se não é ruim o que recebe.

Vende-se bem aquilo que é oferecido com qualidade; contudo, a boa venda depende também de receber algo de valor em troca — recíproca de qualidade.

Versão neutra

Quem oferece algo de qualidade vende bem, desde que o que recebe em troca também não seja de má qualidade.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É adequado em contextos de venda, troca ou negociação para sublinhar que tanto o que se oferece como o que se recebe devem ter qualidade para que o negócio seja justo e bem‑sucedido.
  • O provérbio justifica aceitar más contrapartidas?
    Não. O provérbio ressalta a importância da qualidade mútua; não serve de desculpa para aceitar pagamentos insuficientes, bens de má qualidade ou condições desvantajosas.
  • É um provérbio antigo ou regional?
    É uma forma de sabedoria popular cuja origem exacta não é documentada; usa expressões tradicionais sobre comércio e reciprocidade presentes em várias línguas.

Notas de uso

  • Usa‑se sobretudo em contextos comerciais ou de troca para sublinhar que a qualidade do que se dá e do que se recebe determina o sucesso do negócio.
  • Implica a ideia de reciprocidade: não basta oferecer bom produto, é preciso que a contraprestação (pagamento, produto em troca, serviço) também tenha qualidade.
  • Pode servir como conselho prático a vendedores, prestadores de serviços e negociadores, mas não justifica aceitar contrapartidas manifestamente desvantajosas ou de má qualidade.

Exemplos

  • O artesão sabia que o seu trabalho era bom: «Quem dá, bem vende, se não é ruim o que recebe», por isso recusou encomendas com materiais baratos.
  • Numa troca entre empresas, lembraram‑se do provérbio: vender tecnologia de qualidade só funciona se a contrapartida (suporte ou pagamento) também for séria.

Variações Sinónimos

  • Quem dá bem, vende bem, se a troca for honesta.
  • Vende bem quem dá qualidade, desde que receba qualidade.
  • Quem dá bom, vende bom (se o que recebe não for mau).

Relacionados

  • Quem não mostra, não vende.
  • Não se vende gato por lebre.
  • Quem dá e recusa, não vende.

Contrapontos

  • Generosidade ou qualidade de um lado não garante justiça: representantes podem ser explorados se aceitarem contrapartidas inferiores.
  • O provérbio pressupõe que a troca é voluntária; em situações de assimetria de poder, recíprocas de qualidade podem não ser possíveis.
  • Não justifica aceitar contrapartidas ilegais, imorais ou manifestamente insuficientes apenas porque se oferece um bom produto.

Equivalentes

  • inglês
    You get what you pay for (equates quality of product to value received).
  • espanhol
    Lo que se da con calidad se vende bien, si lo que se recibe es digno.
  • francês
    On vend bien un bon produit, à condition que l'échange soit équitable.