Vende a própria vontade quem recebe alheio benefício

Vende a própria vontade quem recebe alheio benef ... Vende a própria vontade quem recebe alheio benefício.

Quem aceita benefícios de outrem compromete a sua independência e fica sujeito à vontade desse benfeitor.

Versão neutra

Quem aceita benefícios de outras pessoas pode perder a sua liberdade de decisão.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer alertar para o risco de perder independência ao aceitar favores, financiamento ou presentes que criem obrigações.
  • Aplica-se sempre que alguém aceita ajuda?
    Não. Em contextos de necessidade ou ajuda mútua, aceitar apoio não equivale necessariamente a perder a própria vontade. O provérbio destaca riscos potenciais, não uma regra universal.
  • É um provérbio usado em contexto político?
    Sim. É frequentemente citado em discussões sobre conflito de interesses, clientelismo e corrupção para sublinhar a necessidade de transparência.

Notas de uso

  • Usa-se para advertir contra aceitar favores, presentes ou benefícios que criem obrigações ou perda de autonomia.
  • Registo: proverbial, algo arcaizante; adequado em textos reflexivos, debates éticos ou políticos.
  • Aplica-se tanto a situações pessoais (favores, presentes) como institucionais (patrocínios, subornos, clientelismo).
  • Não deve ser usado de forma absoluta para estigmatizar quem aceita ajuda em contextos de necessidade.

Exemplos

  • No debate sobre patrocínios, o jornalista lembrou que «vende a própria vontade quem recebe alheio benefício», alertando para conflitos de interesse.
  • A avó avisou o neto: «Tenha cuidado com favores que condicionam decisões — vende a própria vontade quem recebe alheio benefício».
  • Numa reunião da associação, alguns membros recusaram apoios sem transparência, citando o provérbio para justificar a posição.

Variações Sinónimos

  • Quem aceita favores fica em dívida.
  • Quem recebe benefícios alheios perde independência.
  • Aceitar presentes pode comprometer a liberdade de escolha.

Relacionados

  • Quem paga, manda.
  • Não há almoços grátis.

Contrapontos

  • Aceitar ajuda em situações de necessidade não equivale necessariamente a vender a própria vontade.
  • Relações de reciprocidade podem ser consensuais e não implicar submissão ou perda de autonomia.
  • Aceitar um benefício pode ser uma escolha estratégica e temporária, sem dependência duradoura.

Equivalentes

  • Inglês (tradução literal)
    He who accepts another's benefit sells his own will.
  • Inglês (aproximação idiomática)
    He who takes a favour places himself in another's power.
  • Espanhol
    Quien recibe beneficio ajeno vende su propia voluntad.
  • Francês
    Qui reçoit un bienfait vend sa propre volonté.

Provérbios