Quem dá do que tem, faz o bem.
A ideia de que oferecer aos outros aquilo que se possui, ainda que em pequena quantidade, é uma ação de benevolência; incentiva a generosidade dentro das próprias possibilidades.
Versão neutra
Dar o que se tem é fazer o bem.
Faqs
- O provérbio significa que devo dar tudo o que tenho?
Não — o provérbio sublinha que dar dentro das próprias possibilidades é um acto de bondade. Não exige o sacrifício extremo nem a oferta de tudo. - Posso usar este provérbio em contexto profissional?
Sim. Pode aplicar-se a partilha de tempo, conhecimento ou recursos no trabalho, por exemplo quando se ajuda colegas com o que se tem disponível. - Este provérbio tem conotação religiosa?
Não necessariamente. Embora a generosidade seja um valor presente em muitas religiões, o provérbio funciona como conselho moral secular sobre a importância de partilhar. - Quando não é apropriado utilizar este provérbio?
Não é apropriado quando a situação exige soluções estruturais ou quando a oferta é simbólica e insuficiente para necessidades sérias; nesse caso, apontam-se limitações em vez de elogiar apenas o acto de dar.
Notas de uso
- Usa-se para elogiar ou encorajar atos de partilha e generosidade moderada e realista.
- Implica que não é preciso oferecer tudo ou exceder-se para fazer o bem; até pequenas contribuições contam.
- Pode aplicar-se a dinheiro, tempo, conhecimentos ou bens materiais.
- Não pretende justificar ofertas insuficientes perante necessidades graves nem substituir soluções colectivas para problemas sociais.
Exemplos
- Quando a vizinha ficou doente, o António levou-lhe uma sopa: quem dá do que tem, faz o bem.
- Numa campanha de recolha, cada contributo conta — quem dá do que tem, faz o bem, mesmo que seja pouco.
Variações Sinónimos
- Quem dá o que tem, faz o bem.
- Dar o que se tem é fazer o bem.
- Quem dá aquilo que tem, faz o bem.
- Mais vale dar do que recear perder.
Relacionados
- Quem dá aos pobres, empresta a Deus.
- De grão em grão enche a galinha.
- Mais vale dar do que receber.
Contrapontos
- Dar algo pequeno pode ser simbólico e não resolver problemas estruturais; às vezes são necessárias ações mais profundas (políticas públicas, reformas).
- A generosidade pode tornar-se paternalista ou criadora de dependências se não for consciente das necessidades reais dos beneficiários.
- Nem todo acto de 'dar' é genuíno; gestos performativos ou de autopromoção não equivalem necessariamente a fazer o bem.
Equivalentes
- inglês
It is better to give than to receive. (Dar é melhor do que receber.) - espanhol
Quien da lo que tiene hace el bien. - francês
Donner ce qu'on a, c'est faire le bien.