Quem dá o pão, dá a criação
Quem fornece o sustento tem influência ou autoridade sobre como esse sustento é usado ou sobre decisões relacionadas.
Versão neutra
Quem fornece o sustento tende a exercer influência sobre as decisões relacionadas a esse sustento.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que quem fornece o sustento ou o recurso terá normalmente influência ou autoridade sobre o seu uso e sobre decisões relacionadas. - Ainda é válido hoje em dia?
Sim, continua a ser usado para descrever relações de poder baseadas na dependência económica, embora hoje haja mais limitações legais e éticas a essa autoridade. - É um provérbio que justifica o controlo sobre outras pessoas?
Não. O provérbio descreve uma dinâmica: não legitima abusos. Autoridade económica não elimina direitos, responsabilidade legal ou o interesse superior de terceiros (por exemplo, crianças). - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em discussões sobre poder económico, apoio financeiro e influência — por exemplo, em família, trabalho ou patrocínios — muitas vezes com tom crítico ou explicativo.
Notas de uso
- Refere‑se frequentemente à relação entre provedor e beneficiário: quem sustenta pode condicionar comportamentos ou decisões.
- Aplica‑se em contextos familiares (pais, tios que mantêm uma casa), laborais (patrão e empregado) e financeiros (patrocinador e beneficiário).
- Tem uma conotação prática e por vezes crítica: lembra a influência da dependência económica, sem justificar abusos de poder.
- No uso moderno pode ser usada de forma irónica para apontar uma influência explícita do financiador.
Exemplos
- Quando o avô decidiu financiar os estudos dos netos, disse logo que haveria regras em casa — afinal, quem dá o pão, dá a criação.
- A empresa paga a maior parte do projeto, por isso impôs prioridades; é o caso de quem dá o pão, dá a criação.
Variações Sinónimos
- Quem paga manda
- Quem dá o dinheiro, dá as ordens
- Quem sustenta, decide
Relacionados
- Quem paga manda (variação curta e comum)
- De barriga cheia, ninguém pensa no jejum (comentário sobre dependência e conformismo)
Contrapontos
- A dependência económica não legitima sempre a autoridade; direitos e dignidade mantêm‑se independentemente do provedor.
- Em sociedades modernas, decisões sobre educação ou cuidados devem considerar também o interesse da criança e normas legais, não só quem paga.
- Há situações em que o apoio financeiro não confere legitimidade moral para controlar a vida alheia.
Equivalentes
- Inglês
He who pays the piper calls the tune - Espanhol
Quien da el dinero, da la ley / Quien paga, manda - Francês
Qui paie commande - Alemão
Wer zahlt, schafft an (ou: Wer bezahlt, bestimmt)