Quem dá o pão, dá o castigo.
Ajuda ou benefício oferecido a alguém pode trazer responsabilidades, exigências ou efeitos negativos inesperados.
Versão neutra
Ao ajudar alguém, corremos o risco de assumir encargos, obrigações ou consequências indesejadas.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que o acto de ajudar alguém pode trazer encargos, obrigações ou consequências indesejadas para quem dá a ajuda. - É um provérbio negativo — desaconselha ajudar?
Não necessariamente. É um aviso a ponderar formas de ajuda: a mensagem é ter cuidado com ajudas ilimitadas ou mal planeadas. - Em que situações é adequado usar este provérbio?
Quando se quer advertir alguém sobre os custos de conceder favores repetidos, ajudas sem limites ou quando a assistência cria dependência.
Notas de uso
- Usado para advertir sobre as consequências de ajudar sem limites ou sem condições.
- Registo: popular, proverbial; tom cauteloso e crítico.
- Não se refere ao acto literal de dar pão, mas às implicações sociais e práticas da assistência.
- Pode aplicar-se tanto a relações pessoais (família, amigos) como a instituições (emprego, ONG).
Exemplos
- Quando comecei a adiantar dinheiro ao colega, rapidamente percebi o sentido do provérbio: 'Quem dá o pão, dá o castigo' — passou a exigir-me sempre favores.
- Organizações que distribuem bens sem planear a sustentabilidade correm riscos: 'Quem dá o pão, dá o castigo', porque podem criar dependência em vez de autonomia.
- Os pais que resolvem tudo pelos filhos às vezes aprendem da pior maneira o provérbio: dar sempre facilita o problema a curto prazo, mas cria encargos futuros.
Variações Sinónimos
- Quem ajuda demais prende quem ajuda (expressão descritiva, não proverbial clássico).
- A ajuda sem limites cria dependência (frase equivalente em sentido).
- Quem dá sem condições pode ser cobrado (variação explicativa).
Relacionados
- Dar o peixe versus ensinar a pescar (diferença entre auxílio imediato e capacitação)
- Favores com 'obrigação' — quando a ajuda cria deveres
- Caridade e paternalismo — riscos de assistência mal pensada
Contrapontos
- Nem toda a ajuda gera efeitos negativos — a assistência planeada pode promover autonomia.
- Estabelecer limites e condicionalidade reduz o risco de dependência.
- Investir em educação e formação pode ser preferível a doar bens consumíveis.
Equivalentes
- inglês
Give someone an inch and they'll take a mile (aprox.: pequenos favores podem levar a exigências maiores). - inglês
If you give a man a fish, you feed him for a day; teach him to fish and you feed him for a lifetime (aprox.: contraponto sobre ajuda sustentável). - espanhol
Equivalente aproximado: 'Quien ayuda sin enseñar, crea dependencia' (frase explicativa, não um provérbio clássico).