Quem dá o pão, dá o ensino.
Quem fornece sustento ou apoio também condiciona comportamentos, expectativas ou autoridade sobre quem recebe.
Versão neutra
Quem fornece sustento também influencia quem o recebe.
Faqs
- Significa que quem ajuda tem sempre o direito de mandar?
Não necessariamente. O provérbio descreve uma realidade social frequente — quem fornece recursos costuma ganhar influência — mas não justifica autoridade absoluta nem abuso. - Posso usar este provérbio em contexto de caridade?
Sim, sobretudo para alertar que a ajuda material pode criar dependências ou condições. Use‑o com cuidado para não desvalorizar actos desinteressados. - Há uma versão mais moderna ou neutra?
Sim: 'Quem fornece sustento também influencia quem o recebe', que explicita a relação de influência sem julgamento moral. - É equivalente a 'quem paga manda'?
Sim — ambas expressões apontam a mesma ideia central de que o financiador tende a ditar escolhas ou condicionar comportamentos.
Notas de uso
- Usa‑se para apontar que a ajuda material traz influência, obrigações ou poder moral sobre o beneficiário.
- É aplicável a relações familiares (pai/encarregado), a quem emprega trabalhadores, a patronato e a ajuda caritativa.
- Pode ter tom crítico (denunciar dependência ou condicionalidade) ou pragmático (reconhecer autoridade do patrocinador).
- Não implica que toda ajuda deva controlar quem recebe; o provérbio descreve uma dinâmica social observada, não uma norma ética.
Exemplos
- Na empresa, os gestores lembraram aos colaboradores: 'quem dá o pão, dá o ensino' — procurando justificar orientações e regras de conduta.
- Um vizinho ofereceu ajuda para pagar o arranjo da horta, mas depois começou a impor horários; percebi que 'quem dá o pão, dá o ensino'.
- Os pais que sustentam os filhos às vezes exigem certas atitudes e limites; nesse contexto aplica‑se o provérbio como explicação social.
Variações Sinónimos
- Quem paga manda.
- Quem dá manda.
- Quem sustenta tem voz.
Relacionados
- Quem paga escolhe a música (He who pays the piper calls the tune).
- Não se dá sem interesse (comentário crítico sobre ajudas condicionadas).
- Acariciados, criam dependência (observação sobre efeitos da ajuda prolongada).
Contrapontos
- Dar de mão aberta sem condicionalidade — a generosidade desinteressada: 'Dar sem esperar nada em troca'.
- Educar sem condicionar por meios materiais — a ideia de que ensino e sustento podem e devem ser separados.
- Valorização da autonomia: ajuda que visem emancipação em vez de dependência (ex.: microcrédito ou formação).
Equivalentes
- inglês
He who pays the piper calls the tune. - espanhol
El que paga manda. - francês
Qui paie commande. - italiano
Chi paga comanda.