Quem dá o que tem a mais não é obrigado.

Quem dá o que tem a mais não é obrigado. 
 ... Quem dá o que tem a mais não é obrigado.

Quem oferece algo de forma voluntária não pode ser obrigado a continuar a fazê-lo; generosidade é opcional.

Versão neutra

Quem dá aquilo que lhe sobra não é obrigado a continuar a dar.

Faqs

  • Significa que não devo ajudar ninguém?
    Não. Significa apenas que a ajuda ou presente dado voluntariamente não cria automaticamente uma obrigação contínua. O provérbio não proíbe ajudar; recorda que a generosidade é opcional.
  • Posso usar este provérbio para recusar pedidos repetidos?
    Sim, pode ser usado para pôr limites, mas convém fazê‑lo com tato para evitar conflito ou magoar a pessoa que pede ajuda.
  • Serve este provérbio em contexto legal?
    Não. Em contexto legal ou contratual prevalecem acordos formais e obrigações por escrito; a máxima refere‑se a atos voluntários, não a obrigações legais.
  • É um provérbio ofensivo?
    Em si não é ofensivo, mas dependendo do tom e da situação pode ser percebido como insensível ou como uma recusa brusca.

Notas de uso

  • Emprega‑se para lembrar que um presente, favor ou benefício dado voluntariamente não cria automaticamente uma obrigação permanente.
  • Registo: coloquial; comum em conversas informais e familiares.
  • Não deve ser usado para justificar comportamento coercivo ou para recusar responsabilidades legais ou contratuais.
  • Pode servir para pôr limites quando alguém exige repetidamente favores que já foram ocasionalmente concedidos.

Exemplos

  • Dei-lhe um saco de batatas porque sobrou na horta, mas quando começou a pedir sempre, respondi: 'Quem dá o que tem a mais não é obrigado.'
  • Os vizinhos ajudaram com o transporte em mudança uma vez; não podem exigir que o façamos sempre — quem dá o que tem a mais não é obrigado.
  • Ofereci umas horas do meu tempo para ajudar no evento; não posso ser culpado por não estar disponível todas as semanas — quem dá o que tem a mais não é obrigado.

Variações Sinónimos

  • Quem dá o que tem de sobra não é obrigado.
  • O que se dá por vontade não se exige depois.
  • Presente não se reclama.
  • Quem dá não tem obrigação permanente.

Relacionados

  • A cavalo dado não se olha o dente. (sobre aceitação de presentes sem exigir mais)
  • Quem dá aos pobres, empresta a Deus. (sobre caridade e recompensa moral)
  • Dar sem esperar retorno (expressão sobre generosidade voluntária)

Contrapontos

  • Em certas relações sociais ou culturais, dá‑se importância à reciprocidade e espera‑se retorno, o que pode tornar o acto habitual.
  • Em termos legais ou contratuais, uma vez assumada uma obrigação por escrito, a liberalidade inicial não põe fim à obrigação.
  • Usar o provérbio para recusar ajuda necessária ou para evitar responsabilidades comunitárias pode ser visto como insensível.

Equivalentes

  • English
    He who gives what he has in excess is not obliged (to give more).
  • Español
    Quien da lo que le sobra no está obligado.
  • Français
    Celui qui donne ce qu'il a en trop n'est pas obligé.
  • Deutsch
    Wer gibt, was er übrig hat, ist nicht verpflichtet, mehr zu geben.