Quem de loucura enferma, tarde sara.

Quem de loucura enferma, tarde sara.
 ... Quem de loucura enferma, tarde sara.

Quem se entrega à insensatez ou a hábitos prejudiciais demora muito a recuperar ou a corrigir-se.

Versão neutra

Quem adoece por loucura, difícil e demorada é a cura.

Faqs

  • O provérbio refere‑se à doença mental?
    Historicamente usa‑se 'loucura' de forma abrangente; hoje interpreta‑se sobretudo como metáfora para imprudência ou hábitos. Deve evitar‑se aplicar o provérbio para estigmatizar pessoas com doenças mentais.
  • Em que situações posso usar esta expressão?
    Quando se quer advertir alguém sobre as consequências duradouras de comportamentos repetidos, vícios ou decisões tolas que são difíceis de mudar.
  • Há alternativas mais positivas?
    Sim. Frases que realçam a possibilidade de mudança, como 'com ajuda e esforço é possível mudar', são úteis quando se pretende encorajar em vez de censurar.

Notas de uso

  • Usa-se para advertir sobre as consequências duradouras de comportamentos tolos ou hábitos enraizados.
  • Na linguagem corrente serve de crítica a quem persiste em más escolhas, não a um diagnóstico médico.
  • Evitar aplicar literalmente a pessoas com doença mental — hoje interpreta-se principalmente de forma figurada (hábitos, vícios, imprudência).
  • Registo: popular, proverbial; tom admonitório ou fatalista dependendo do contexto.

Exemplos

  • Depois de ter perdido tanto dinheiro em esquemas arriscados, os vizinhos lembraram‑lhe: 'Quem de loucura enferma, tarde sara.'
  • Se te acostumas a adiar o trabalho e a gastar sem pensar, já sabes: quem de loucura enferma, tarde sara — vai ser difícil mudar esse hábito.
  • Discutiam sobre a imprudência do jovem; um deles concluiu: 'Infelizmente, quem de loucura enferma, tarde sara', advertindo que sem esforço a mudança será lenta.

Variações Sinónimos

  • A quem nasce torto, tarde endireita.
  • Velhos hábitos são de difícil mudança.
  • Os vícios enraízam e custam a curar.

Relacionados

  • Quem semeia vento, colhe tempestade (sobre as consequências de más ações).
  • Mais vale prevenir do que remediar (sobre evitar hábitos prejudiciais).
  • A quem nasce torto, tarde endireita.

Contrapontos

  • Mudança possível: com vontade, ajuda e intervenção adequada, muitas pessoas corrigem comportamentos e maus hábitos.
  • No contexto de saúde mental, a recuperação pode ser eficaz com tratamento; o provérbio não deve estigmatizar quem tem doença mental.
  • Nem toda imprudência leva a consequências eternas — a aprendizagem e a reabilitação são factíveis.

Equivalentes

  • inglês
    Old habits die hard.
  • francês
    Les vieilles habitudes ont la vie dure.
  • alemão
    Alte Gewohnheiten sind schwer abzulegen.
  • espanhol
    Las viejas costumbres son difíciles de cambiar.