Quem de outrem se compadece, de si se lembra.
A pena ou compaixão por outra pessoa surge frequentemente porque essa situação recorda algo semelhante vivido pelo próprio; a empatia tem componente de identificação pessoal.
Versão neutra
Ao compadecer‑te de alguém, lembras‑te de ti próprio.
Faqs
- O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que sentir pena ou compaixão por alguém muitas vezes acontece porque a situação nos recorda algo semelhante que já vivemos ou a nossa própria fragilidade. - É um provérbio cínico?
Pode ser interpretado de modo cínico — sugerindo que a compaixão é egoísta — mas também pode ser visto positivamente, como indicação de que a identificação pessoal motiva a solidariedade. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao comentar as motivações de um acto de compaixão, em discussões sobre empatia ou para explicar porque certas experiências pessoais tornam alguém mais sensível ao sofrimento alheio. - Qual é a origem deste provérbio?
Trata‑se de um dito popular de origem incerta; não há registo de um autor específico.
Notas de uso
- Usa‑se para explicar ou questionar as motivações da compaixão — se é genuína ou resultado de identificação pessoal.
- Registo: proverbial; adequado em comentários morais, conversas sobre empatia ou em análises de comportamento social.
- Pode ser empregue de modo crítico (sugerindo egoísmo) ou benigno (sublinhar a base partilhada da solidariedade).
- Não deve ser tomado como negação da compaixão genuína; é uma observação sobre uma das origens frequentes do sentimento.
Exemplos
- Quando viu o sem‑abrigo a tremer, ficou comovido — quem de outrem se compadece, de si se lembra, e lembrou‑se dos tempos em que também passara dificuldades.
- A professora disse que a turma entendeu melhor o tema porque muitos alunos já tinham passado por algo parecido; quem de outrem se compadece, de si se lembra.
Variações Sinónimos
- Quem compadece de outro, lembra‑se de si.
- Ao compadecer‑te de outrem, recordas‑te de ti.
- Quem sente pena de alguém, lembra‑se do próprio passado.
Relacionados
- A caridade começa em casa.
- Conhece‑te a ti mesmo (por ligação à autoconsciência que inspira identificação).
- Quem não tem telhado de vidro não atira pedras aos outros (sobre julgamento e consciência própria).
Contrapontos
- Interpretação crítica: a compaixão é por vezes egoísta — um reflexo da própria experiência, não um acto desinteressado.
- Interpretação positiva: recordar‑se de si próprio pode ser a base para a empatia verdadeira e para a ação solidária.
Equivalentes
- inglês
He who pities others remembers himself. - espanhol
Quien se compadece de otro, se acuerda de sí mismo. - francês
Celui qui compatit aux autres se souvient de lui‑même.