Quem de si faz lixo, pisam-no as galinhas.
Quem se desvaloriza ou se deixa maltratar acaba por ser desprezado ou aproveitado pelos outros.
Versão neutra
Quem se rebaixa ou se permite ser maltratado será desrespeitado pelos outros.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Emprega‑o para advertir alguém a defender o seu respeito próprio ou a não aceitar maus tratos, sobretudo em conversas informais ou familiares. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser percebido como rude ou acusatório. Use com cautela e evite aplicá‑lo a pessoas vulneráveis ou em situações de violência, onde a responsabilidade é complexa. - O provérbio aplica‑se a relações profissionais?
Sim; pode servir como conselho para não aceitar condutas abusivas no trabalho, mas deve ser complementado com estratégias práticas (por exemplo, documentar incidentes, procurar ajuda). - Tem equivalente moderno ou mais neutro?
Sim — por exemplo: "Quem não se impõe, acaba por ser desrespeitado" ou "não deixes que abusem de ti".
Notas de uso
- Usa‑se para advertir alguém a não perder o respeito por si próprio nem a permitir abusos.
- Tem um tom admonitório e pode soar duro; adequado para contextos informais ou conversas directas.
- Não deve ser usado para culpar pessoas em situação de vulnerabilidade ou vítimas de violência — contexto estrutural e pessoal são distintos.
Exemplos
- Quando o Miguel aceita que o patrão fale com ele daquele modo, os colegas também começam a tratá‑lo mal — quem de si faz lixo, pisam‑no as galinhas.
- Não vás pedindo desculpas por tudo e deixando que abusem da tua boa vontade; quem de si faz lixo acaba por ser pisado.
- Se numa relação alguém aceita humilhações sem reagir, é provável que a situação piore — é a ideia do provérbio: quem se faz lixo, pisam‑no as galinhas.
Variações Sinónimos
- Quem se faz tapete, pisam‑no os outros.
- Quem se baixa, será pisado.
- Quem de si faz trapo, pisam‑no os outros.
- Quem não se impõe, não é respeitado.
Relacionados
- Mais vale morrer de pé do que viver de joelhos.
- Quem semeia honra, colhe respeito.
Contrapontos
- A humildade e a paciência nem sempre levam ao desprezo; em algumas situações, recuar evita conflitos e protege interesses maiores.
- Mostrar vulnerabilidade pode, por vezes, provocar empatia e apoio, não apenas desprezo.
- Existem dinâmicas sociais e estruturas de poder onde a culpa não é da vítima; o provérbio simplifica causas complexas.
Equivalentes
- inglês
If you make a doormat of yourself, people will walk all over you. - espanhol
El que se hace alfombra, lo pisan. - francês
Qui se fait paillasson se fait marcher dessus.