Observação de que alguém habituado a uma condição humilde ou a um determinado comportamento raramente muda ou 'sobe' socialmente/funcionalmente.
Versão neutra
Quem está habituado a viver em baixo não sobe facilmente.
Faqs
O provérbio significa que as pessoas não podem mudar? Não necessariamente. O provérbio expressa uma ideia comum sobre hábitos e origens, mas é uma generalização; muitas pessoas mudam de condição por educação, trabalho ou oportunidade.
É apropriado usar este provérbio no trabalho? Deve ter cautela: em ambiente profissional pode soar pejorativo ou discriminatório. É preferível optar por linguagem neutra quando se avaliam capacidades ou ambições.
Pode ter interpretação literal? Sim. Em contexto literal, poderia referir alguém que não escala fisicamente (por ex., não sobe árvores ou paredes), mas é mais comum a interpretação figurada.
Como responder quando alguém usa este provérbio de forma discriminatória? Apontar que é uma generalização e sugerir exemplos ou dados que mostrem que mobilidade e mudança são possíveis com condições adequadas.
Notas de uso
Usa‑se sobretudo de forma figurada para referir caráter, ambição ou mobilidade social.
Pode ter tom descritivo (constatação) ou pejorativo (justificação de estagnação).
Registo: popular e coloquial; cuidado ao usar em contextos formais porque pode ser ofensivo.
Nem sempre descreve uma impossibilidade absoluta — pode ignorar fatores sociais, educativos ou de oportunidade.
Exemplos
Quando se discutiu a promoção, alguns colegas disseram 'quem é do chão, não trepa', sugerindo que ele não tinha ambição para cargos de chefia.
No debate sobre mobilidade social, o professor alertou que dizer 'quem é do chão, não trepa' simplifica demais: há exemplos de pessoas que mudaram de vida com educação e apoio.
Variações Sinónimos
Quem nasceu no chão, fica no chão.
Quem é de baixo não sobe facilmente.
A quem está habituado ao chão, custa subir.
Relacionados
Cada macaco no seu galho.
O hábito faz o monge.
Contrapontos
Atribuir incapacidade ou falta de ambição com base apenas na origem pode ser determinista e injusto.
Histórias de mobilidade social mostram que formação, oportunidades e esforço podem contrariar o sentido do provérbio.
Usar o provérbio para justificar discriminação ou exclusão social não é eticamente aceitável.