Quem é do mar, não enjoa.
Literalmente: quem vive junto ao mar ou trabalha nele raramente sofre de enjoo; figuradamente: quem está habituado a algo não se incomoda com isso.
Versão neutra
Quem está habituado a algo não se incomoda com isso.
Faqs
- O provérbio aplica-se apenas ao mar?
Não. Embora tenha origem literal, é frequentemente usado de forma figurada para indicar que a prática ou a experiência tornam algo menos incómodo. - Posso usá-lo para elogiar alguém experiente?
Sim. É comum utilizá‑lo para reconhecer resistência, hábito ou competência adquirida por repetição. - Existem limitações ao seu uso?
Sim. É uma generalização: há sempre exceções. Evite empregá‑lo para minimizar problemas sérios ou para desconsiderar dificuldades reais de outrem.
Notas de uso
- Usa-se tanto no sentido literal (marinheiros, pescadores) como no figurado (habilidade, resistência adquirida).
- Expressa familiaridade, experiência ou tolerância adquirida por prática habitual.
- Tom informal e proverbial; adequado em conversas familiares ou coloquiais, menos em contextos formais sem explicação.
- Cautela: não implica imunidade absoluta — é uma generalização que admite exceções.
Exemplos
- Depois de anos no convés, o João ri-se das ondas — quem é do mar, não enjoa.
- Ela passou por muitos ensaios e falhas; agora fala com calma: quem é do mar, não enjoa — está habituada à pressão.
Variações Sinónimos
- Quem nasce no mar não enjoa.
- Quem vive do mar não enjoa.
- Quem é do mar não se atordoa.
Relacionados
- Filho de peixe sabe nadar.
- Quem corre por gosto não cansa.
- A prática leva à perfeição.
Contrapontos
- Mesmo quem é do mar pode enjoar em condições excepcionais (mar grosso, doença).
- Não serve para justificar insensibilidade perante quem é novo numa tarefa.
Equivalentes
- Inglês
He who comes from the sea does not get seasick. (equivalent: experienced sailors rarely get seasickness) - Espanhol
Quien es del mar no se marea. - Francês
Qui vient de la mer ne souffre pas du mal de mer.