Quem é inimigo da noiva, como dirá bem do noivo?
Quem é hostil a uma das partes dificilmente elogiará a parte oposta; refere-se à parcialidade e ao conflito de interesses nas avaliações.
Versão neutra
Quem é inimigo de uma das partes não poderá falar bem da outra.
Faqs
- Em que situações é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se quer pôr em causa a imparcialidade de alguém que critica ou elogia em contexto de conflito ou rivalidade — por exemplo em discussões políticas, familiares ou desportivas. - O provérbio invalida automaticamente os argumentos do crítico?
Não. Indicar parcialidade sugere que se deve verificar fontes e motivos, mas não prova que as acusações ou elogios sejam falsos por si só. - Tem conotação ofensiva?
O provérbio é geralmente neutro e crítico; pode ser percebido como acusação de parcialidade se usado diretamente contra alguém, pelo que convém moderar o tom.
Notas de uso
- Usa‑se para questionar a imparcialidade de quem critica ou elogia uma das partes numa disputa (casamentos, políticos, equipas, famílias).
- Registo: informal a semi‑formal; apropriado em comentários analíticos, conversas e textos críticos.
- Não deve servir para silenciar críticas legítimas: identificar parcialidade não invalida automaticamente todos os argumentos do crítico.
- Evita‑se em contextos jurídicos ou profissionais onde se exige prova concreta de conflito de interesses.
Exemplos
- Quando a deputada atacou publicamente a noiva do candidato, muitos lembraram: quem é inimigo da noiva, como dirá bem do noivo?, e desconfiaram da sua imparcialidade.
- Num debate familiar sobre a empresa, o cunhado criticou o sócio; alguns respondem com o provérbio para sublinhar que a opinião pode estar enviesada.
- Se um jornalista já confrontou o ministro por conflitos antigos, não é de estranhar que comentários positivos sobre as ações do ministro soem contraditórios — aplica‑se aqui o provérbio.
Variações Sinónimos
- Quem é inimigo da noiva não falará bem do noivo.
- Aquele que odeia uma parte dificilmente elogia a outra.
- Quem toma partido contra A, não falará a favor de B.
Relacionados
- Cada um puxa a brasa à sua sardinha (parcialidade)
- Conflito de interesses (conceito)
- Lealdade e inimizade em avaliações
- Imparcialidade
Contrapontos
- Nem sempre a hostilidade anula a credibilidade: um inimigo pode reconhecer qualidades genuínas na outra parte.
- Há situações em que a crítica a uma parte decorre de princípios ou provas, não de inimizade pessoal.
- Aplicar o provérbio como argumento final pode silenciar ou desvalorizar testemunhos válidos e informados.
Equivalentes
- inglês
He who is hostile to the bride cannot be expected to praise the groom. (equivalent expression about partisanship and bias) - espanhol
Quien es enemigo de la novia, ¿cómo dirá bien del novio? (expresión equivalente sobre parcialidad)