Quem fala muito, dá bom dia a cavalo.
Provérbios Portugueses
Alerta contra falar em excesso: quem fala demasiado pode dizer coisas inúteis, revelar segredos ou comprometer-se.
Versão neutra
Quem fala demais acaba por dizer coisas desnecessárias ou revelar-se, por isso é prudente ser contido.
Faqs
- Qual é a origem literal da expressão «dar bom dia a cavalo»?
Literalmente significa cumprimentar um animal que não responde — uma imagem de inutilidade ou de falar para quem não interessa. É uma metáfora usada no provérbio para enfatizar o carácter desnecessário de falar em excesso. - Quando devo usar este provérbio?
Usa-se para aconselhar contenção verbal, por exemplo ao pedir a alguém para não divulgar informações, evitar comentários inúteis numa reunião ou quando alguém se exalta e começa a divagar. - O provérbio é ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo; trata-se de um conselho proverbial sobre prudência ao falar. Contudo, dependendo do tom, pode ser interpretado como reprovação a quem fala muito. - Tem equivalentes noutras línguas?
Sim. Em muitas línguas há provérbios que valorizam o silêncio ou advertêm contra revelar segredos, como «Falar é prata, calar é ouro» (variações em inglês, espanhol, italiano, etc.).
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar discrição e concisão em conversa ou em situações em que a informação deve ser guardada.
- A expressão é proverbial e informal; aparece em contextos familiares e coloquiais.
- Pode aplicar-se tanto a falar demasiado em público como a divulgar informações sensíveis em privado.
- O elemento literal («dar bom dia a cavalo») sublinha a ideia de inutilidade ou de falar para quem não responde.
Exemplos
- Na reunião, o gerente interrompeu o colega e lembrou-lhe: «Quem fala muito, dá bom dia a cavalo» — é melhor ir directo ao ponto.
- Antes de publicar comentários nas redes sociais, pensa duas vezes; quem fala muito pode arrepender-se depois.
- Ela confiou o segredo a várias pessoas e acabou por ser notícia — um bom exemplo de que quem fala demais se compromete.
Variações Sinónimos
- Quem fala demais, erra muito.
- Quem muito fala, pouco acerta.
- Falar demais dá em erro.
- Quem fala muito dá bom-dia ao vento.
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca.
- Falar é prata, calar é ouro.
- Quem cala consente.
Contrapontos
- Há situações em que falar muito é necessário: ensino, defesa de causas ou persuasão.
- Comunicação aberta é importante em equipas; o problema é quando o discurso é irrelevante ou revela segredos.
- Em certas culturas e profissões, a explicitação e o detalhe são valorados, pelo que a contenção excessiva pode ser prejudicial.
Equivalentes
- English
Speech is silver, silence is golden (Falar é prata, calar é ouro). - English (tema semelhante)
Loose lips sink ships (Aviso sobre revelar segredos). - Español
Quien mucho habla, mucho yerra. - Italiano
Chi parla troppo sbaglia molto. - Français
Qui parle beaucoup se trompe souvent.