Quem fala, paga

Quem fala, paga.
 ... Quem fala, paga.

A pessoa que diz algo assume a responsabilidade pelo que afirma e pode sofrer consequências ou custos por isso.

Versão neutra

Quem se exprime é responsável pelas consequências do que diz.

Faqs

  • Quando se deve usar este provérbio?
    Usa-se como aviso para pôr em guarda contra prometer impulsivamente, espalhar informações não confirmadas ou assumir compromissos sem pensar nas consequências.
  • Significa que nunca devemos falar?
    Não. O provérbio alerta para a responsabilidade associada ao falar; em muitas situações falar é necessário e correcto, desde que com consciência das consequências.
  • Tem valor legal dizer algo, como em acordos verbais?
    A expressão refere-se à responsabilidade prática e moral. Em termos legais, acordos verbais podem ser vinculativos, mas a sua força probatória depende do contexto e da legislação aplicável.
  • Da onde vem este provérbio?
    A origem exacta é desconhecida; trata-se de um ditado popular transmitido oralmente em comunidades de língua portuguesa.

Notas de uso

  • Usado como aviso ou censura: aconselha prudência ao falar, prometer ou espalhar rumores.
  • Aplicável em contextos pessoais, profissionais e financeiros: promessas, boatos, acordos verbais.
  • Registo: informal e proverbial; adequado em conversas correntes, crónicas ou comentários morais.

Exemplos

  • O gerente não devia prometer descontos sem autorização — quem fala, paga se a empresa tiver prejuízo.
  • Ela espalhou o boato sem confirmar e acabou por ser processada — quem fala, paga.
  • Se aceitou oralmente reduzir o preço, prepare-se para cumprir: quem fala, paga.

Variações Sinónimos

  • Quem diz, paga
  • Palavra dada é dívida
  • O que se diz, responsabiliza

Relacionados

  • Palavra dada é dívida
  • Em boca fechada não entra mosca
  • Quem cala, consente

Contrapontos

  • Nem sempre o silêncio é a melhor opção: falar pode evitar mal-entendidos ou prejuízos maiores.
  • Nem todas as palavras geram responsabilidade legal; o contexto e a prova são determinantes.
  • Em situações de injustiça, falar pode ser necessário apesar dos riscos — a prudência não significa cumplicidade.

Equivalentes

  • inglês
    Words have consequences; (aprox.) 'Loose lips sink ships' em contexto de confidencialidade
  • espanhol
    Quien habla, paga (aprox.); también se usa 'la palabra empeñada es deuda'
  • francês
    Qui parle paie (aprox.); sentido próximo a 'une promesse engage' (uma promessa compromete)