Quem faz a lei, deve observá-la.
Os que elaboram normas ou regras também estão obrigados a cumpri‑las; princípio de responsabilidade e igualdade perante a lei.
Versão neutra
Quem cria regras deve cumpri‑las.
Faqs
- O provérbio é uma norma jurídica?
Não; trata‑se de um princípio ético e político que expressa a expectativa de responsabilidade e igualdade perante a lei. A sua aplicação efectiva depende do ordenamento jurídico e de mecanismos de fiscalização. - Pode haver exceções ao princípio?
Sim. Alguns cargos têm imunidades legais ou benefícios processuais; além disso, interesses de Estado e regras processuais podem criar situações em que a aplicação do princípio é limitada. - Como utilizar o provérbio no discurso público?
Use‑o como argumento ético ou retórico para reclamar coerência e responsabilização de quem estabelece normas; evite usá‑lo como prova legal sem referência a normas concretas.
Notas de uso
- Usado em contextos legais, políticos e éticos para sublinhar que não deve haver privilégios para quem cria regras.
- Funciona como crítica ou lembrete quando legisladores, dirigentes ou responsáveis não seguem as normas que impõem.
- Não é uma regra jurídica absoluta: em alguns sistemas existem imunidades legais ou exceções formais para certos cargos.
- É aplicável também em contextos não jurídicos, como empresas ou associações, referindo‑se a regulamentos internos.
Exemplos
- Os deputados discutiram reformas ao código municipal e, perante as críticas de incumprimento, um membro lembrou: "Quem faz a lei, deve observá‑la."
- Na reunião de recursos humanos, o gerente foi repreendido por violar o próprio regulamento interno — os colegas repetiram o princípio: "Quem cria regras deve cumpri‑las."
- Ao aprovar novas normas de trânsito, o autarca foi multado por não as respeitar; a imprensa citou o provérbio para sublinhar a contradição.
Variações Sinónimos
- Quem cria as regras deve cumpri‑las.
- Quem elabora a lei está sujeito à lei.
- As regras aplicam‑se também a quem as faz.
Relacionados
- Ninguém está acima da lei.
- A lei é para todos.
- Igualdade perante a lei.
Contrapontos
- Existem imunidades e privilégios legais (por exemplo, de chefes de Estado ou deputados) que podem impedir a aplicação imediata do princípio.
- A eficácia real do princípio depende do Estado de Direito e da independência dos órgãos de aplicação e fiscalização.
- Em certos casos práticas administrativas ou diplomáticas justificam exceções, criando tensão entre o princípio e necessidades políticas.
Equivalentes
- English
He who makes the law must obey it (or Those who make the rules must follow them). - Español
Quien hace la ley, debe observarla. - Français
Celui qui fait la loi doit l'observer. - Latim
Qui legem facit, eam observet. (variação moderna)