Quem folga de ouvir mentiras, estuda-as para dizê-las.
Quem se habitua a ouvir falsidades aprende-as e acaba por repeti-las.
Versão neutra
Quem se habitua a ouvir mentiras acaba por aprendê‑las e repeti‑las.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que a exposição contínua a falsidades tende a fazer com que alguém as aceite e as repita; é um aviso contra a aceitação passiva de mentiras. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao discutir desinformação, boatos ou comportamentos de pessoas que repetem falsidades sem verificação; também em contextos educativos sobre pensamento crítico. - Pode ser ofensivo dizer isto a alguém?
Sim — tem tom moralizante. Melhor usá‑lo com cuidado: como crítica a um comportamento (repetir mentiras) e não para atacar alguém que foi enganado. - Como evitar tornar‑se alguém que 'estuda mentiras para dizê‑las'?
Desenvolver hábitos de verificação de fontes, questionar informações surpreendentes, procurar múltiplas fontes e resistir à partilha imediata de conteúdos não verificados.
Notas de uso
- Advertência contra a passividade diante de informação falsa: ouvir sem crítica pode levar à reprodução da mentira.
- Usa‑se para censurar pessoas que repetem boatos ou desinformação por hábito ou prazer em o fazer.
- Registo proverbial e moralizante; adequado em conversas sobre literacia mediática, ética social e formação crítica.
- Não é adequado para culpar vítimas de engano involuntário; distingue-se entre quem engana e quem, conscientemente, prefere acreditar/repetir mentiras.
Exemplos
- Nas redes sociais, se ninguém contestar teorias falsas, quem as lê com frequência aprende‑as e partilha‑as — quem folga de ouvir mentiras, estuda‑as para dizê‑las.
- No escritório, o boato sobre a mudança de chefia foi repetido até parecer verdade; isto ilustra bem que quem folga de ouvir mentiras, estuda‑as para dizê‑las.
- Ao ensinar crianças a verificar fontes, lembramos o provérbio: quem folga de ouvir mentiras, estuda‑as para dizê‑las — por isso, ensine‑as a duvidar e a confirmar.
Variações Sinónimos
- Quem se habitua a ouvir mentiras aprende a contá‑las.
- Quem gosta de ouvir mentiras aprende a dizê‑las.
- Quem se alimenta de falsidades acaba por repeti‑las.
Relacionados
- A palavra empenha a voz — sobre a influência do discurso repetido
- Repetição cria crença — princípio da tornar‑se‑familiaridade
- Literacia mediática e verificação de factos
Contrapontos
- Ouvir uma mentira não implica automaticamente repeti‑la; muitas pessoas ouvem falsidades para as refutar.
- Há casos em que repetir uma falsidade é involuntário (falta de informação), por isso o provérbio generaliza um comportamento que nem sempre se aplica.
- A responsabilidade por desinformação também recai sobre quem a produz e a promove, não apenas sobre quem a consome.
Equivalentes
- Inglês
He who delights in hearing lies learns to tell them. - Espanhol
Quien gusta de oír mentiras, las aprende para contarlas. - Francês
Qui aime entendre des mensonges finit par les apprendre pour les répéter. - Alemão
Wer gern Lügen hört, lernt sie, um sie zu erzählen.