Quem gosta de demandas, acaba por esmolar.
Advertência de que a procura constante de litígios ou exigências excessivas tende a provocar prejuízo financeiro ou empobrecimento.
Versão neutra
Quem recorre muitas vezes a disputas ou exigências corre o risco de ficar empobrecido.
Faqs
- Significa que nunca se deve recorrer à justiça?
Não. O provérbio adverte contra a litigiousness excessiva e os custos que isso acarreta. Recorrer à justiça é legítimo quando justificado e ponderado. - Aplica-se apenas a processos judiciais?
Não. Pode ser usado para qualquer comportamento persistente de exigir, reclamar ou criar disputas que causem prejuízo material ou social. - É um provérbio ainda relevante hoje?
Sim, como conselho prudencial. Contudo, contextos modernos (assistência jurídica, ações coletivas) podem mitigar os riscos apontados pelo provérbio.
Notas de uso
- Normalmente aplicado a quem recorre frequentemente a processos ou reclamações que geram custos elevados.
- Pode referir-se tanto a litígios judiciais como a comportamentos excessivamente exigentes nas relações pessoais ou comerciais.
- Tomar em conta que, no contexto moderno, algumas ações legais trazem compensações ou protegem direitos legítimos; o provérbio alerta para o risco quando as demandas são repetitivas ou frívolas.
- Registo coloquial; usado em conselhos e advertências, não como argumento jurídico.
Exemplos
- Depois de gastar anos em processos sem sucesso, o advogado advertiu-o: 'quem gosta de demandas, acaba por esmolar'.
- Se continua a exigir compensações pequenas e a ir ao tribunal por tudo, mais cedo ou mais tarde ficará sem reservas — quem gosta de demandas, acaba por esmolar.
Variações Sinónimos
- Quem muito exige, empobrece.
- Quem gosta de lides, acaba a mendigar.
- Quem vive a demandar, fica sem nada.
Relacionados
- Mais vale um mau acordo do que uma boa demanda.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Deitar dinheiro à rua.
Contrapontos
- Há situações em que demandar é necessário para obter justiça ou recuperar perdas legítimas; o provérbio não invalida essas ações.
- A existência de regimes de assistência judiciária, ações coletivas ou seguros que cobrem custos legais pode reduzir o risco de empobrecimento por litígios.
- O provérbio generaliza; cada caso deve ser avaliado em função dos custos, probabilidade de êxito e repercussões morais ou sociais.
Equivalentes
- Português (variação)
Quem pleiteia muito, empobrece. - Espanhol
Quien pleitea mucho, empobrece. - Inglês (equivalente aproximado)
He who sues too often ends up a pauper. - Francês
Qui aime les procès finit par mendier. - Italiano
Chi ama le liti finisce a mendicare.