Quem lá vai, lá vai.
Aceitação resignada da inevitabilidade das consequências de uma ação ou decisão.
Versão neutra
Quando alguém toma uma decisão ou age, tem de aceitar as consequências desse acto.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para comentar decisões já tomadas e cujas consequências são inevitáveis; especialmente útil em contextos coloquiais para marcar resignação ou aceitar o resultado. - Tem sempre um tom negativo?
Nem sempre. Pode ser neutro (constatação), resignado ou até crítico, dependendo da entoação e do contexto. - É equivalente a 'o que está feito, está feito'?
Sim — ambos exprimem a ideia de que o acto consumado não pode ser anulado e é preciso aceitar as suas consequências.
Notas de uso
- Usa-se para exprimir que uma decisão ou acto já consumado gera consequências que é preciso aceitar.
- Registo coloquial; comum em fala regional e familiar.
- Pode ter tom resignado, fatalista ou até de leve reprovação, dependendo do contexto e entoação.
- Não implica necessariamente competência para remediar a situação; sublinha mais a inevitabilidade do resultado.
Exemplos
- Se decidiu entregar a obra fora do prazo, agora aguente-se: quem lá vai, lá vai — terá de aceitar a penalização.
- Quando venderam a casa sem falar comigo, eu disse apenas: 'Quem lá vai, lá vai.' Não havia nada a fazer para alterar a venda.
Variações Sinónimos
- Quem lá vai, lá fica.
- O que está feito, está feito.
- Aconteceu e temos de aceitar.
Relacionados
- O que está feito, está feito.
- A quem manda, cumpre-se.
- Cada qual colhe o que semeia (em contextos de causa e efeito).
Contrapontos
- Nem tudo é inevitável — muitas consequências podem ser atenuadas ou revertidas com intervenção.
- Assumir responsabilidade activa pode levar a reparar erros em vez de resignar-se.
Equivalentes
- inglês
You made your bed, now lie in it. - espanhol
Lo hecho, hecho está. - francês
Ce qui est fait est fait.