Quem lida com mel sempre lambe os dedos.
Quem tem contacto frequente com algo apetecível ou valioso tende a aproveitar-se ou a ceder à tentação.
Versão neutra
Quem tem acesso frequente a coisas apetecíveis tende a aproveitar-se delas.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para comentar ou advertir sobre a tendência de alguém tirar vantagem ao ter acesso a bens ou benefícios, sobretudo em registo informal. - É uma acusação directa de desonestidade?
Não necessariamente; muitas vezes descreve uma inclinação ou tentação. Em contextos jurídicos ou formais é preferível ser específico e não depender de provérbios. - Pode ser ofensivo chamá‑lo a alguém?
Sim, pode soar a acusação ou desprezo se usado contra uma pessoa concreta. Use com cuidado para não difamar ou estigmatizar.
Notas de uso
- Emprega-se para alertar contra a tentação natural de tirar vantagem quando se tem acesso a bens, benefícios ou privilégios.
- Pode ser usado tanto com sentido moralizador (criticar comportamentos) como descritivo (explicar por que alguém se aproveita).
- Registo coloquial; em contextos formais ou legais convém evitar usá‑lo como justificação de má conduta.
- Não implica que todos que 'lidam com mel' irão necessariamente ceder — é uma generalização sobre tendência humana.
Exemplos
- No departamento há muito material de escritório caro; não admira que alguns colegas acabem por levar material para casa — quem lida com mel sempre lambe os dedos.
- Disseram‑lhe que, por trabalhar na pastelaria, tinha de provar os bolos; é normal, quem lida com mel sempre lambe os dedos.
- Quando um funcionário tem acesso aos fundos da associação, há risco de abusos — este provérbio descreve precisamente essa inclinação.
Variações Sinónimos
- Quem mexe no mel pega nos dedos.
- Quem mexe com mel suja os dedos.
- Quem trabalha com mel acaba por se lambuzar.
- Quem lida com o que é bom tende a aproveitar-se.
Relacionados
- A ocasião faz o ladrão.
- Quem dá o que não tem, mais perde do que ganha.
Contrapontos
- Ter acesso a algo apetecível não é desculpa automática para apropriação indevida; responsabilidade e ética contam.
- O provérbio generaliza o comportamento humano e não distingue entre aproveitamento inócuo (ex.: provar comida) e crime.
- Usá‑lo como justificação pode normalizar práticas corruptas; é melhor ver caso a caso e aplicar regras.
Equivalentes
- Inglês
He who deals with honey always licks his fingers. - Espanhol
Quien trata con miel siempre se lame los dedos. - Italiano
Chi maneggia il miele si lecca le dita.