Quem mais cura, mais dura.

Quem mais cura, mais dura.
 ... Quem mais cura, mais dura.

Sugere que quem passa por processos de cura ou supera dificuldades torna‑se mais resistente e duradouro — interpretação de resiliência.

Versão neutra

Quem supera mais dificuldades fica mais resistente.

Faqs

  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem exacta não é conhecida. Expressa uma ideia comum em muitas culturas: que a superação de adversidades tende a aumentar a resistência.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para encorajar alguém depois de um revés ou para sublinhar o valor da resiliência, mas evite quando pode minimizar sofrimento ou justificar falta de apoio.
  • Significa que sofrer é sempre bom?
    Não. O provérbio enfatiza a possibilidade de aprender e fortalecer‑se após dificuldades, mas nem todo sofrimento traz benefício e alguns casos exigem intervenção.
  • Há variações modernas?
    Sim. Expressões como «o que não mata, fortalece» são equivalentes e muito usadas no discurso contemporâneo.

Notas de uso

  • Usa‑se sobretudo em contexto figurado para valorizar aprendizagem e resistência após adversidade.
  • Pode ser dito de forma consoladora (após fracassos) ou como encorajamento para enfrentar desafios.
  • Não é uma justificação para permitir abusos ou sofrimento desnecessário; há limites éticos e psicológicos.
  • A palavra «cura» é ambígua: pode referir-se tanto a recuperar (físico/psicológico) como a actos de cuidado.

Exemplos

  • Depois de várias derrotas no negócio, aprendeu com os erros e hoje diz: «Quem mais cura, mais dura.»
  • Quando alguém lhe falou do acidente, respondeu: «Já passou, aprendi e sigo em frente — quanto mais cura, mais dura.»
  • Numa equipa de desporto, o treinador usou o provérbio para encorajar jogadores a recuperar de uma má época.

Variações Sinónimos

  • Quem mais sofre, mais forte fica.
  • O que não mata, fortalece.
  • Quanto mais se recupera, mais se endurece (ou se reforça).

Relacionados

  • O que não mata, fortalece.
  • Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. (diferente em sentido, mas sobre persistência)
  • A experiência é a mãe da ciência. (valorização da aprendizagem pela experiência)

Contrapontos

  • Sofrimento nem sempre fortalece — traumas podem causar danos duradouros e necessidades de apoio profissional.
  • Normalizar a dor como formadora de carácter pode levar a negligenciar cuidados e prevenção.
  • Algumas feridas (físicas ou psicológicas) não se resolvem sozinhas; insistir que 'endurecer' é sempre positivo é equívoco.

Equivalentes

  • inglês
    What doesn't kill you makes you stronger.
  • espanhol
    Lo que no te mata, te hace más fuerte.
  • francês
    Ce qui ne nous tue pas nous rend plus forts.