Quem manda o apetite, paga a bolsa

Quem manda o apetite, paga a bolsa.
 ... Quem manda o apetite, paga a bolsa.

Quem suporta o custo tem autoridade para decidir sobre o que se compra ou faz.

Versão neutra

Quem paga decide como se utilizam os recursos.

Faqs

  • Significa que o dinheiro justifica tudo?
    Não necessariamente. O provérbio refere‑se ao poder de decisão associado ao pagamento, mas não legitima decisões imorais, ilegais ou em conflito com acordos e direitos.
  • Posso usar este provérbio num contexto profissional?
    Sim, é comum em registo informal para explicar a influência de quem financia. Em contextos formais, prefira explicações claras sobre responsabilidades e acordos contratuais.
  • Tem conotação negativa?
    Pode ter, especialmente quando sublinha desigualdade de poder ou quando justifica influência indevida. O tom depende do contexto e da intenção de quem o usa.

Notas de uso

  • Usa‑se para justificar que a pessoa que paga tem palavra dominante nas decisões relacionadas ao gasto.
  • Aplicável em contextos domésticos, empresariais e institucionais — por ex., família, equipa de projeto, patrocinadores.
  • Tom frequentemente prático; pode ter conotação crítica quando aponta desigualdade de poder ou conflitos de interesse.
  • Registro informal e coloquial; adequado em conversa corrente mas menos em textos formais sem explicitação.

Exemplos

  • Na reunião, o investidor cortou a proposta: afinal, quem manda o apetite, paga a bolsa.
  • Se é o teu irmão que paga as férias, lembra‑lhe que quem manda o apetite, paga a bolsa — ele pode querer escolher o hotel.
  • Num projeto comunitário financiado por uma empresa, a direção lembrou que, embora fossem parceiros, quem manda o apetite, paga a bolsa.

Variações Sinónimos

  • Quem paga manda
  • Quem paga escolhe a música
  • Quem dá as cartas, dá o dinheiro

Relacionados

  • Conceito de poder económico e influência do financiador
  • Noção de responsabilidade associada ao pagamento
  • Discussões sobre conflitos de interesse em patrocínios

Contrapontos

  • Nem tudo se decide pelo dinheiro: decisões éticas, legais ou democráticas podem sobrepor‑se à vontade do financiador.
  • O financiador também tem responsabilidades e não pode impor decisões que violem direitos ou contrato.
  • A voz dos afetados ou da maioria (por ex., utilizadores, comunidade) pode ter legitimidade superior à do pagador.

Equivalentes

  • inglês
    He who pays the piper calls the tune.
  • espanhol
    Quien paga manda.
  • francês
    Qui paye commande (ou Qui paie choisit).

Provérbios