Quem morte alheia espera, longa soga tira.
Adverte contra desejar o mal ou a morte de outra pessoa: quem alimenta esse desejo prolonga a própria angústia e pode atrair consequências negativas.
Versão neutra
Quem deseja a morte ou o mal de outra pessoa acaba por prolongar a sua própria angústia e pode sofrer consequências dessa atitude.
Faqs
- O que significa este provérbio numa frase?
Significa que desejar a morte ou a desgraça de outra pessoa é eticamente reprovável e tende a prolongar o sofrimento de quem nutre esse desejo; funciona como aviso contra a vingança e a malícia. - Posso usar este provérbio num contexto formal?
Sim, mas é mais natural em registo informal ou coloquial. Em contextos formais recomenda‑se uma formulação explicativa (por exemplo: «não é desejável alegrar‑se com a desgraça alheia»). - Este provérbio sugere que o mal volta sempre para quem o deseja?
Não literalmente; é sobretudo uma advertência ética e psicológica. Quer dizer que o ressentimento e a maledicência costumam trazer custos pessoais, sociais ou morais.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar quem se regozija ou espera pela desgraça alheia (schadenfreude).
- Tom e contexto: proverbial, aconselhador; mais comum em registos informais ou em falas morais/educativas.
- Pode ser citado para apelar à empatia e à prudência no julgamento dos outros.
- Não é uma afirmação factual sobre causalidade literal, antes um aviso ético e psicológico.
Exemplos
- Quando os vizinhos começaram a desejar que o patrão falisse, a mãe interveio: «Quem morte alheia espera, longa soga tira».
- Depois de meses a contar os dias para a queda do adversário, percebeu que o provérbio se cumprira no seu comportamento: quem espera o mal alheio passa por longos sofrimentos.
Variações Sinónimos
- Quem espera o mal dos outros, longa espera tem.
- Não desejes a morte alheia.
- Não te alegres com a desgraça alheia.
Relacionados
- Quem cava uma cova para outro, nela cai.
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Não te alegres quando o teu inimigo cair (Provérbios bíblicos semelhantes).
Contrapontos
- Desejar justiça ou responsabilização não é o mesmo que desejar a morte; o provérbio refere‑se sobretudo à satisfação pela desgraça de outrem.
- Nem sempre o ressentimento ou a expectativa de mal traz consequências imediatas; a frase funciona mais como advertência moral do que como lei causal.
Equivalentes
- Inglês
Do not rejoice when your enemy falls / He who delights in another's misfortune harms himself. - Espanhol
No te alegres de la desgracia ajena / Quien desea mal al otro atrae su propia desdicha.