Quem muito bebe, tarde ou nunca paga o que deve

Adverte que o consumo excessivo de álcool (ou outros vícios) costuma levar à negligência das obrigações financeiras e ao incumprimento de dívidas.

Versão neutra

Quem bebe em excesso acaba por atrasar ou deixar de pagar as suas dívidas.

O provérbio refere‑se apenas ao álcool?
Não necessariamente: embora mencione a bebida, o sentido alargado aplica‑se a qualquer comportamento de consumo excessivo que leve à negligência das obrigações.
É ofensivo usar este provérbio sobre alguém?
Pode ser. Tem um tom moralizador e pode estigmatizar pessoas com dependência. Deve‑se ter cuidado ao aplicá‑lo, sobretudo em contexto pessoal ou profissional.
Qual é a origem do provérbio?
A origem exacta não é conhecida; trata‑se de um ditado popular transmitido oralmente em comunidades de língua portuguesa.

Usa‑se para censurar ou advertir alguém cujo comportamento de consumo compromete a responsabilidade económica.
Frequentemente empregado num registo coloquial e moralizador; pode ser pejorativo para quem sofre de dependência.
Nem sempre se refere literalmente ao álcool: pode aplicar‑se a qualquer vício ou despesa excessiva que provoque o não pagamento de contas.
Não é adequado para situações em que o incumprimento se deve a causas estruturais (desemprego, doença) em vez de comportamentos pessoais.

Gastou tudo na bebedeira e quando chegaram as contas não tinha dinheiro — quem muito bebe, tarde ou nunca paga o que deve.
O provedor avisou o jovem que se continuasse a gastar o ordenado em bares acabaria por não conseguir cumprir as despesas mensais.

Generaliza e pode estigmatizar pessoas com dependência alcoólica; as causas do incumprimento podem ser complexas.
Nos dias de hoje, o simples facto de beber não implica necessariamente incapacidade de pagar — há factores financeiros e sociais a considerar.
Usar o provérbio como justificação moral simplista pode ocultar problemas estruturais como desemprego, falta de apoio social ou doenças.