Quem muito come, mal mastiga.
Quem exagera em quantidade ou em tarefas acaba por não as fazer bem; excesso e pressa comprometem a qualidade.
Versão neutra
Quem consome ou tenta fazer demasiadas coisas de uma vez tende a executá‑las mal; o excesso prejudica a qualidade.
Faqs
- Qual é o sentido literal deste provérbio?
Literalmente alerta que comer em excesso ou muito depressa leva a má mastigação e desconforto digestivo. - Qual é o sentido figurado?
Significa que quem tenta fazer ou obter demasiadas coisas ao mesmo tempo acaba por realizá‑las de forma insuficiente ou deficiente. - Quando devo usar este provérbio?
Quando quiseres aconselhar alguém a reduzir quantidade ou ritmo para melhorar a qualidade, ou criticar a dispersão de esforços. - É um provérbio ofensivo?
Normalmente não; é mais um conselho ou observação crítica. O tom pode soar repreensivo dependendo do contexto e da entoação. - Qual é a origem do provérbio?
A origem concreta não é conhecida; trata‑se de sabedoria popular transmitida oralmente, comum nas línguas europeias em formas semelhantes.
Notas de uso
- Usa‑se tanto no sentido literal (comer depressa ou em demasia) como no figurado (assumir muitas tarefas ou ambições).
- Tom neutro; aplicado frequentemente como conselho ou crítica suave a alguém apressado ou ambicioso demais.
- Adequado em contextos informais e em conversas laborais ou familiares quando se quer alertar para a dispersão de esforços.
Exemplos
- Literal: Se continuaes a encher o prato e a comer à pressa, vais sentir‑te mal — quem muito come, mal mastiga.
- Figurado (trabalho): O João pegou em três projetos novos ao mesmo tempo e qualquer um deles ficou por terminar; quem muito come, mal mastiga.
- Conselho prático: Em vez de aceitar todas as tarefas, selecciona prioridades — quem muito come, mal mastiga.
Variações Sinónimos
- Quem come muito, pouco mastiga.
- Quem come depressa, mal mastiga.
- Quem muito abraça, pouco aperta (variação com sentido próximo sobre dispersão de esforços).
Relacionados
- Devagar se vai ao longe.
- Quem muito abarca, pouco aperta.
- Mais vale pouco e bem feito do que muito e mal feito.
Contrapontos
- Em contextos de aprendizagem intensiva, repetir ou praticar muito pode melhorar a competência; o problema é a falta de qualidade na execução, não necessariamente a quantidade.
- Algumas tarefas exigem volume (por exemplo, treino físico ou estudo intensivo) e o excesso controlado não implica execução deficiente.
- A expressão aponta para equilíbrio: nem sempre mais é pior, mas fazer tudo de uma vez sem método tende a diminuir a qualidade.
Equivalentes
- espanhol
Quien mucho abarca, poco aprieta. - inglês
Haste makes waste. - italiano
Chi troppo vuole nulla stringe.