Quem muito padece, tanto lembra que aborrece

Quem sofre ou se queixa repetidamente tende a insistir no assunto e acaba por aborrecer os ouvintes.

Versão neutra

Quem repete constantemente o seu sofrimento tende a cansar os ouvintes.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando alguém insiste constantemente em se queixar sem procurar soluções e corre o risco de cansar os interlocutores; deve evitar‑se quando a pessoa procura apoio legítimo.
O provérbio não será insensível para quem sofre?
Pode ser. O provérbio tem um tom corretivo e pode ser interpretado como culpabilização. Em casos de sofrimento sério, é preferível oferecer escuta activa e ajuda prática.
Há formas melhores de aconselhar alguém que se queixa muito?
Sim: oferecer alternativas concretas (sugestões de solução, encaminhamento para apoio profissional) e combinar momentos de desabafo com ações que promovam mudança.

Usa‑se para advertir alguém que insiste em falar do seu sofrimento ou das suas queixas de forma repetitiva.
Tem tom corretivo: serve para aconselhar moderação nas queixas e evitar cansar os outros.
Pode ser interpretado como culpabilizador quando dirigido a pessoas que procuram apoio legítimo.
É mais apropriado em contextos informais; em situações de sofrimento sério, é preferível oferecer escuta ou ajuda.

Depois de semanas a falar sempre do mesmo problema no trabalho, eu disse-lhe: 'Quem muito padece, tanto lembra que aborrece' para o encorajar a procurar soluções em vez de apenas lamentar‑se.
Percebi que a amiga precisava de desabafar, mas também lhe expliquei que, se repetir sempre a mesma história sem tentar mudar nada, corre o risco de afastar quem a quer ajudar.

Reclamar pode ser uma forma legítima de procurar apoio; o provérbio corre o risco de silenciar pessoas em sofrimento.
Nem sempre a culpa é de quem se queixa: a falta de resposta ou de ajuda também pode levar à repetição das queixas.
Em contextos terapêuticos, repetir o sofrimento faz parte do processo de cura e não deve ser estigmatizado.