Quem muito quer saber, mexerico quer fazer.
Adverte que a curiosidade excessiva tende a transformar-se em mexerico, intromissão ou espalhar rumores.
Versão neutra
Quem é excessivamente curioso tende a envolver‑se em mexericos.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer advertir alguém que a sua investigação ou perguntas excessivas podem transformar‑se em mexerico ou intromissão na vida dos outros. - Este provérbio desencoraja a curiosidade saudável?
O provérbio refere‑se sobretudo à curiosidade intrusiva sobre assuntos privados; não pretende desvalorizar a investigação legítima e necessária em contextos científicos ou profissionais. - Pode ser ofensivo dizer isto a alguém?
Sim — ao usar‑o diretamente pode implicar julgamento moral sobre o comportamento da pessoa; convém moderar o tom ou explicar a crítica. - Há variações regionais deste provérbio?
Existem variantes e expressões similares em português e noutras línguas que transmitem a mesma ideia de que a curiosidade excessiva conduz a mexericos.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar ou prevenir comportamentos demasiado curiosos sobre a vida alheia.
- Tem tom moralizante e pode ser dirigido tanto a crianças como a adultos em contexto familiar, escolar ou comunitário.
- Não se aplica a curiosidade investigativa legítima (científica ou profissional), mas sobretudo à intromissão em assuntos privados.
- Evita‑se quando se pretende incentivar investigação séria; nesse caso, é melhor usar exceções ou contrapontos.
Exemplos
- Quando ela começou a fazer perguntas sobre a separação dos vizinhos, a mãe suspirou: "Quem muito quer saber, mexerico quer fazer."
- Na reunião, Pedro caiu em especulações sobre a vida profissional de um colega; o chefe lembrou‑lhe que "quem muito quer saber, mexerico quer fazer".
- Ao tentar descobrir as notícias privadas da escola, a aluna recebeu o comentário: "Isso não é da tua conta — quem muito quer saber, mexerico quer fazer."
Variações Sinónimos
- Quem muito quer saber, muito se intromete.
- Curiosidade demais dá em mexerico.
- Quem muito pergunta, muito se mete.
Relacionados
- Curiosidade matou o gato (variante sobre perigo da curiosidade excessiva).
- Quem não tem nada que fazer, mete‑se onde não é chamado.
- Cada um por si e Deus por todos (alerta contra intromissão demasiada).
Contrapontos
- A curiosidade é filha da ciência — valoriza a investigação e a aprendizagem.
- Perguntar é o primeiro passo para aprender; sem curiosidade não há progresso.
Equivalentes
- inglês
Curiosity killed the cat (aviso sobre a curiosidade excessiva, embora com sentido ligeiramente diferente). - espanhol
La curiosidad mató al gato (equivalente próximo sobre os riscos da curiosidade excessiva). - francês
La curiosité est un vilain défaut (a curiosidade é um defeito, advertência semelhante).