Quem não chora não mama

Quem não chora não mama.
Provérbios Galegos

Quem não manifesta a sua necessidade (ou não pede) dificilmente obtém aquilo de que precisa.

Versão neutra

Quem não pede não recebe.

Faqs

• O que significa concretamente este provérbio?
  Significa que, na maioria das situações, quem manifesta a sua necessidade ou pede algo tem mais hipóteses de o obter do que quem fica passivo.
• É apropriado usar este provérbio no trabalho?
  Depende do contexto. A ideia de ser proativo é válida, mas a expressão literal é coloquial; em contextos formais prefira linguagem mais neutra ('quem não pede não recebe').
• Tem uma origem conhecida?
  A origem precisa é desconhecida; trata‑se de um provérbio tradicional transmitido oralmente, com equivalentes em outras línguas.
• Há algum risco em aplicar este conselho sem critério?
  Sim. Pedir sem fundamento, com insistência excessiva ou de forma manipuladora pode ser mal visto e não produzir os resultados desejados.

Notas de uso

• Uso informal e coloquial; comum em conversas familiares e aconselhamento prático.
• Incentiva a assertividade e a iniciativa: pedir ou reivindicar aumenta as hipóteses de ser atendido.
• Pode ser usado para justificar reclamações persistentes ou pedidos insistentes; atenção ao contexto ético e social.
• Direcionado tanto a crianças (ex.: pedir um objeto) como a adultos (ex.: negociar um aumento), com registo pragmático.
• Nem sempre é verdadeiro: haverão situações em que pedir não garante resposta, e outras em que intervir de forma inapropriada é prejudicial.

Exemplos

• O Miguel nunca pediu aumento; se quiser ser promovido, tem de falar com o chefe — quem não chora não mama.
• Se quiseres um desconto, pergunta ao vendedor. Quem não chora não mama.
• Na reunião, a Maria expôs as suas ideias e acabou por conseguir recursos para o projeto; mostrou que quem não chora não mama.
• Não te envergonhes de pedir ajuda com o trabalho — quem não chora não mama.

Variações Sinónimos

• Quem não pede não recebe.
• Quem não reclama não consegue.
• Quem não arrisca não petisca (relacionado na ideia de iniciativa).
• O que não pede, não tem.

Relacionados

• Quem não arrisca não petisca (incentiva iniciativa)
• Mais vale pedir do que ficar com dúvida (princípio de iniciativa)
• Pedir é humano (expressão sobre procurar auxílio)

Contrapontos

• Nem sempre quem berra mais tem razão — justiça e mérito também contam.
• Pedir em excesso pode ser visto como manipulação ou falta de autonomia.
• Algumas necessidades devem ser resolvidas sem depender apenas de queixas; iniciativa discreta e competência também são valorizadas.
• Em contextos formais, exigir ou 'gritar' não garante resultados e pode ser contraproducente.

Equivalentes

• Inglês
  If you don't ask, you don't get. / The squeaky wheel gets the grease.
• Espanhol
  El que no llora no mama.
• Francês
  Qui ne pleure pas ne tète pas.
• Alemão
  Wer nicht schreit, dem wird nicht geholfen. (ou: Wer nicht fragt, bleibt dumm — diferente nuance)
• Italiano
  Chi non piange non allatta.

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