Quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto

Quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto.

Se não fizeres uma tarefa quando é a altura certa, acabarás por fazê‑la pior ou com prejuízo.

Versão neutra

Quem não faz o trabalho na altura certa, acaba por o fazer mal.

Este provérbio refere‑se apenas à agricultura?
Não — tem origem agrícola, mas é usado metaforicamente para qualquer situação em que o atraso causa pior resultado ou prejuízo.
É correto aplicá‑lo a tarefas que requerem espera (como maturação)?
Há exceções. Quando a qualidade depende de esperar por condições naturais ou por informação, esperar pode ser a melhor opção; o provérbio aplica‑se mais a situações em que há uma época ou prazo óbvio para agir.
Como usar este provérbio numa frase quotidiana?
Usa‑o para aconselhar alguém a não adiar uma responsabilidade: por exemplo, 'Vê lá a declaração de impostos — quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto.'

Provérbio de origem agrícola: 'debulhar' refere‑se a separar o grão da espiga; Agosto é a época apropriada para muitas colheitas no hemisfério norte.
Usa‑se figurativamente para advertir sobre a importância de cumprir prazos e aproveitar oportunidades sazonais.
Registo: popular, coloquial; adequado em conversas informais e textos sobre trabalho, planeamento ou disciplina.
Não implica culpa moral extrema — enfatiza consequências práticas da procrastinação ou do atraso.

O projeto atrasou várias semanas e tivemos de apressar tudo no fim; quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto.
Não deixes a manutenção do equipamento para mais tarde — se esperares muito, a reparação sairá mais cara; quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto.

Nem todo o adiamento é negativo: em alguns casos, esperar por condições melhores (tempo, maturação, informação) melhora o resultado.
Em trabalhos que exigem maturação natural (ex.: vinho, fruta), a pressa pode ser prejudicial; o provérbio aplica‑se sobretudo a tarefas com janelas temporais claras.
Decidir não agir de imediato pode ser estratégia racional quando a ação precipitada gera custos maiores.