Quem não dota, não vota.

Quem não dota, não vota.
 ... Quem não dota, não vota.

Critica a ideia de que só quem contribui financeiramente tem direito a influenciar decisões.

Versão neutra

Quem não contribui, não tem influência na decisão.

Faqs

  • Significa que o voto deve depender de dinheiro?
    Não. O provérbio é uma crítica sociopolítica que denuncia situações em que o financiamento confere poder efectivamente, mas não é uma recomendação normativa nem compatível com princípios democráticos de sufrágio universal.
  • Em que contextos costuma ser usado?
    Em debates sobre financiamento de campanhas, patrocínios em associações, decisões empresariais e qualquer cenário em que contribuições ou apoios condicionem influência ou acesso.
  • É aceitável usar este provérbio em registo formal?
    Funciona melhor em discurso crítico ou jornalístico; em contextos formais e institucionais convém explicar e fundamentar a acusação em vez de apenas empregar a expressão.

Notas de uso

  • Registo irónico e crítico; usado para apontar relações entre contribuições (ou favores) e poder de decisão.
  • Comunmente aplicado a campanhas políticas, comités, associações e situações em que o financiamento condiciona escolhas.
  • Pode ser entendido como comentário social sobre desigualdade de influência; não expressa uma regra legítima de participação democrática.
  • Ao empregar o provérbio, convém esclarecer se se trata de acusação, sátira ou diagnóstico para evitar mal‑entendidos.

Exemplos

  • Na reunião do clube, ouvi alguém dizer «quem não dota, não vota» quando se discutiu a aceitação de patrocínios privados.
  • Durante a campanha, o comentário «quem não dota, não vota» foi usado para criticar a dependência dos candidatos do grande financiamento.

Variações Sinónimos

  • Quem não dá, não vota.
  • Quem não contribui, não escolhe.
  • Quem paga, manda.

Relacionados

  • Quem paga manda.
  • Quem não chora não mama.
  • Quem dá, recebe.
  • O dinheiro fala mais alto.

Contrapontos

  • Num sistema democrático, o direito de voto e de participação não deve depender de contribuições financeiras.
  • A prática sugerida pelo provérbio fomenta desigualdades e captura de decisões por interesses privados.
  • Leis e códigos éticos em muitos países proíbem que o financiamento condicione formalmente direitos de participação.

Equivalentes

  • inglês
    He who pays the piper calls the tune.
  • espanhol
    Quien paga, manda.
  • francês
    Qui paie commande.
  • alemão
    Wer bezahlt, bestimmt.