Quem não ensina um ofício ao seu filho ensina-o a ser ladrão.
Provérbios Turcos
Afirma que a falta de transmissão de conhecimentos ou meios de subsistência pelos pais ou pela comunidade pode levar alguém a recorrer ao crime por necessidade.
Versão neutra
Se não transmites a alguém conhecimentos ou meios de subsistência, aumentas a probabilidade de que recorra a meios ilícitos para sobreviver.
Faqs
- Este provérbio implica que a culpa é sempre dos pais?
Não necessariamente, mas a frase é moralizante e sugere responsabilidade parental. A explicação moderna reconhece também fatores económicos, sociais e institucionais que influenciam o comportamento. - É apropriado usar este provérbio em contexto profissional ou académico?
Em contextos profissionais pode ser usado para defender formação vocacional, mas em ambientes académicos e políticos é preferível apresentar dados e análises que considerem causas estruturais. - Como posso empregar a ideia do provérbio sem ser culpabilizante?
Enfatize a importância de oportunidades e formação, proponha soluções concretas (estágios, cursos, políticas de emprego) e reconheça limites sistémicos que impedem o acesso a um ofício. - O provérbio continua válido hoje?
A ideia central — que a formação e o trabalho reduzem riscos de marginalização — mantém-se relevante, mas deve ser temperada por evidências sobre causas múltiplas da delinquência e pela necessidade de políticas públicas.
Notas de uso
- Usado sobretudo para enfatizar a responsabilidade dos pais e da comunidade na educação prática e profissional dos jovens.
- Frequentemente invocado em debates sobre formação profissional, aprendizagem e prevenção da delinquência juvenil.
- Tom aconselhável: moralizante e potencialmente culpabilizador — pode ser mal recebido se usado para estigmatizar pessoas em situação de pobreza.
- Mais comum em registos informais e em discurso persuasivo; deve ser evitado em contextos que exijam análise sociológica ou legal complexa.
Exemplos
- Num conselho de pais, o professor disse: «Se não ajudarmos a orientar os jovens para um ofício, corremos o risco de os verem enveredar por caminhos perigosos — quem não ensina um ofício ao seu filho ensina-o a ser ladrão.»
- Ao defender mais programas de aprendizagem profissional, a vereadora afirmou que ignorar a formação dos jovens é deixar portas abertas à criminalidade: «Quem não ensina um ofício ao seu filho ensina-o a ser ladrão.»
- Num debate sobre políticas sociais, alguém contrapôs: «O provérbio aponta para a importância da formação, mas não explica as causas estruturais da pobreza.»
Variações Sinónimos
- Quem não ensina o filho a trabalhar, ensina-o a roubar.
- Quem não dá um ofício ao filho, ensina-lhe o roubo.
- Se não ensinares um ofício ao teu filho, ensinarás o crime.
Relacionados
- Mais vale ensinar a pescar do que dar um peixe.
- A educação começa em casa.
- É melhor prevenir do que remediar.
Contrapontos
- Determinismo exagerado: o provérbio tende a atribuir a responsabilidade unicamente aos pais, ignorando fatores estruturais como desemprego, exclusão social e falta de oportunidades.
- Simplificação das causas da criminalidade: muitos crimes resultam de contextos complexos e não apenas da ausência de formação profissional.
- Risco de estigmatização: usar o provérbio sem cuidado pode culpar injustamente famílias e comunidades em situações de vulnerabilidade.
Equivalentes
- English
He who does not teach his son a trade teaches him to steal. - Español
Quien no enseña un oficio a su hijo, le enseña a robar. - Français
Qui n'apprend pas un métier à son fils lui apprend à voler.