Quem não quiser máscara, não vá à queimada.
Aconselha a evitar situações perigosas se não se aceita tomar precauções; não reclamar das consequências de um risco assumido.
Versão neutra
Se não quiseres tomar precauções, evita ambientes perigosos.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em contextos em que alguém recusa voluntariamente medidas de segurança antes de se expor a um risco, como não querer usar equipamento de protecção num trabalho perigoso. - O provérbio tem conotações políticas ou sanitárias?
Pode ter — especialmente desde a pandemia — mas o sentido tradicional é geral: não te exponhas a perigos sem aceitar as medidas necessárias. A interpretação concreta depende do contexto. - É ofensivo usar este provérbio?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode soar acusatório se usado para culpar alguém que não teve alternativas. Use-o com cautela quando as circunstâncias forem complexas. - Pode aplicar-se a decisões profissionais?
Sim. Por exemplo, em trabalhos que exigem EPI (equipamento de protecção individual), quem recusa cumprir as normas não deve obrigar os outros a aceitar o risco.
Notas de uso
- Usa-se para advertir alguém que recusa medidas de proteção antes de se expor a perigo ou responsabilidade.
- Tom geralmente admonitório; adequado em contextos informais e em conversa quotidiana.
- Pode referir-se literalmente a equipamentos de protecção (máscara, luvas) ou metaforicamente a qualquer precaução.
- Evitar usar para justificar falta de apoio quando a pessoa não teve escolha (por exemplo, quando não há alternativas seguras).
Exemplos
- O chefe lembra-os: "Quem não quiser máscara, não vá à queimada" — se não usam equipamento, não entrem na zona de risco.
- Quando discutiam as regras do grupo para o fogareiro, alguém disse: "Quem não quiser máscara, não vá à queimada", para deixar claro que a segurança é condição.
- Se não estás disposto a cumprir o protocolo de protecção num laboratório, é melhor dizeres desde já: "Quem não quiser máscara, não vá à queimada."
- Num debate sobre medidas sanitárias, um participante usou a frase para sublinhar que quem recusa medidas não deve entrar em espaços partilhados.
Variações Sinónimos
- Quem não quer caldo, não mexa na sopa.
- Se não queres protecção, não entres no fogo.
- Se não queres o risco, não te metas onde arde.
Relacionados
- Quem não quer caldo, não mexa na sopa.
- Quem não arrisca, não petisca. (nuance diferente)
- Mais vale prevenir do que remediar.
Contrapontos
- Quando as pessoas não têm alternativa segura disponível, a culpa não é de quem não usa protecção — o provérbio não se aplica.
- Nem sempre a recusa de precauções é voluntária; factores económicos ou sociais podem limitar escolhas.
- Usar o ditado para culpar vítimas de acidentes pode ser insensível e injusto.
Equivalentes
- inglês
If you can't stand the heat, get out of the kitchen. - espanhol
Si no aguantas el calor, sal de la cocina. - francês
Si tu ne supportes pas la chaleur, sors de la cuisine.