Quem não tem dinheiro, não come rapadura.
A falta de recursos económicos limita as opções e a capacidade de obter bens ou prazeres.
Versão neutra
Sem dinheiro, não se conseguem comprar certas coisas.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que, sem recursos financeiros, as pessoas têm opções limitadas e não podem aceder a certos bens ou prazeres. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se em contextos informais para explicar ou justificar uma escolha imposta pela falta de dinheiro, especialmente em conversas sobre orçamentos ou prioridades. - O provérbio é ofensivo ou discriminatório?
Por si só não é ofensivo, mas pode ser visto como resignado ou insensível se usado para desvalorizar as dificuldades económicas de alguém. Depende do tom e do contexto. - Tem equivalentes noutras línguas?
Sim. Expressões como 'Beggars can't be choosers' (inglês) ou 'Faute de grives, on mange des merles' (francês) transmitam a ideia de fazer o possível com o que se tem.
Notas de uso
- Registo coloquial; usado para justificar limitações materiais ou escolhas por necessidade.
- Pode soar pragmático ou resignado, dependendo do contexto e do tom.
- Frequentemente invocado em conversas sobre orçamento doméstico, prioridades de gasto ou falta de alternativas.
Exemplos
- Não vou ao concerto este ano — quem não tem dinheiro, não come rapadura; tenho de pagar as contas primeiro.
- A empresa cancelou a festa porque o orçamento é reduzido: quem não tem dinheiro, não come rapadura.
Variações Sinónimos
- Sem dinheiro não há opções.
- Quem não tem dinheiro não tem escolha.
- Quem não tem dinheiro, não compra rapadura.
Relacionados
- Quem não tem cão, caça com gato. (fazer o que for possível com os meios disponíveis)
- A falta de pão, não há razão. (reflete dificuldades causadas pela escassez)
- Mais vale o que se tem do que o que se deseja. (priorizar o disponível)
Contrapontos
- A existência de parcerias, crédito ou apoio social pode mitigar a limitação que o provérbio descreve.
- Nem tudo o que importa se compra com dinheiro; valores imateriais e redes de solidariedade alteram a situação.
- O provérbio normaliza a resignação perante a pobreza em vez de apontar soluções políticas ou colectivas.
Equivalentes
- inglês
Beggars can't be choosers. - espanhol
A falta de pan, buenas son tortas. - francês
Faute de grives, on mange des merles.