Quem não tem dinheiro não tem vícios.

Quem não tem dinheiro não tem vícios.
 ... Quem não tem dinheiro não tem vícios.

Sugere que, sem dinheiro, não é possível sustentar hábitos dispendiosos — por vezes usado ironicamente para justificar a ausência de gastos.

Versão neutra

Sem dinheiro, é difícil sustentar vícios que exigem despesa.

Faqs

  • O provérbio significa que a pobreza é boa porque impede vícios?
    Não necessariamente. O provérbio observa que a falta de dinheiro impede o acesso a certos hábitos dispendiosos, mas não valoriza a pobreza nem reconhece as múltiplas formas de vício ou dependência.
  • Posso usar este provérbio numa conversa informal?
    Sim, em contexto informal e com ironia é comum, mas convém evitar quando se fala de pessoas em situação de vulnerabilidade ou de dependências sérias.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há fonte documentada clara; trata‑se de um dito popular de origem incerta, difundido oralmente.

Notas de uso

  • Frequentemente usado de forma irónica para dizer que quem não pode gastar não pode ceder a tentações que exigem dinheiro.
  • Tem um tom moralizador em contextos onde se associa vício a consumo financeiro (bebida, jogo, fumo, luxo).
  • Pode ser usado de forma crítica para apontar que a pobreza «protege» contra alguns hábitos de consumo, mas é insensível quando aplicado a situações de dependência não monetária.
  • Evitar usar o provérbio para justificar ou minimizar a situação de pessoas em pobreza ou para estigmatizar quem tem vícios.

Exemplos

  • Depois de ficar desempregado, comentou com desdém: «Quem não tem dinheiro não tem vícios», referindo‑se ao facto de já não comprar cafés caros nem sair ao fim de semana.
  • Discutíamos o orçamento familiar e alguém disse: «Quem não tem dinheiro não tem vícios», mas outro contrapôs que muitos vícios não dependem de dinheiro.

Variações Sinónimos

  • Sem dinheiro, sem vícios.
  • Quando não há dinheiro, não há vícios.
  • Quien no tiene dinero no tiene vicios (variação em espanhol)

Relacionados

  • A miséria é madrasta da virtude. (sugere que a pobreza impõe conduta mais austera)
  • Poupar hoje para não penar amanhã. (relacionado com a ideia de contenção de gastos)

Contrapontos

  • Vícios nem sempre exigem dinheiro (p. ex. dependências comportamentais, vícios digitais).
  • A expressão pode estigmatizar a pobreza, apresentando‑a como uma 'proteção' desejável e ignorando o sofrimento associado.
  • Alguns indivíduos com pouco dinheiro desenvolvem vícios igualmente danosos, através de alternativas mais baratas ou endividamento.

Equivalentes

  • espanhol
    Quien no tiene dinero no tiene vicios.
  • inglês
    He who has no money has no vices. (tradução literal; não é um provérbio corrente)
  • francês
    Qui n'a pas d'argent n'a pas de vices.

Provérbios