Quem não tem que fazer, arma navio, ou tome mulher.

Quem não tem que fazer, arma navio, ou tome mulhe ... Quem não tem que fazer, arma navio, ou tome mulher.

Pessoa ociosa procura ocupar-se com projectos ou compromissos (por vezes imprudentes); o provérbio adverte sobre os riscos da ociosidade.

Versão neutra

Quem não tem ocupações inventa projectos ou procura companhia.

Faqs

  • O que quer dizer exactamente este provérbio?
    Significa que a falta de ocupação leva as pessoas a procurar actividades — nem sempre sensatas — ou a tomar decisões para preencher o tempo. É um comentário sobre os perigos da ociosidade.
  • É apropriado usar‑lo hoje em dia?
    Pode ser usado em contextos informais para criticar a ociosidade, mas convém ter cuidado com a referência a 'tome mulher', que reflecte normas tradicionais e pode ser considerada desactualizada ou sexista.

Notas de uso

  • Usa‑se para comentar situações em que alguém, por falta de ocupação, se enreda em empreitadas desnecessárias ou precipitadas.
  • Tom de comentário social e moral, frequentemente coloquial e humorístico; pode ser usado de forma crítica ou jocosa.
  • A referência a «tome mulher» reflecte valores tradicionais sobre casamento e papéis sociais e pode soar anacrónica ou sexista em contextos contemporâneos.

Exemplos

  • Quando o João ficou desempregado passou a gastar todo o tempo em reformas enormes da casa — quem não tem que fazer, arma navio, ou tome mulher.
  • Disse‑lhe para descansar em vez de começar outro negócio sem plano; a vizinha respondeu: 'Quem não tem que fazer, arma navio, ou tome mulher', referindo‑se a como a ociosidade leva a decisões impulsivas.

Variações Sinónimos

  • Quem nada faz, mete-se em trabalhos.
  • Quem não tem o que fazer inventa ocupações.
  • Quem está ocioso arranja confusão.

Relacionados

  • A ociosidade é mãe de todos os vícios.
  • Ocioso, mistura‑se em trabalhos alheios.

Contrapontos

  • Nem toda a inactividade conduz a problemas: o descanso, a contemplação e o lazer têm valor para a saúde mental e a criatividade.
  • Casar ou iniciar projectos não é necessariamente sinal de ociosidade; pode resultar de escolhas pessoais, afectivas ou profissionais legítimas.
  • Usar o provérbio como crítica automática pode ignorar contextos sociais: desemprego e falta de oportunidades também geram tempo ocioso.

Equivalentes

  • inglês
    Idle hands are the devil's workshop.
  • espanhol
    El ocio es la madre de todos los vicios.
  • francês
    L'oisiveté est mère de tous les vices.