Quem não tem que fazer, deita a casa abaixo e torne-a a erguer.
A ociosidade leva as pessoas a criar problemas, mexer em coisas desnecessariamente ou inventar trabalho que não existia.
Versão neutra
Quem está desocupado tende a provocar confusão ou a criar trabalho desnecessário.
Faqs
- Quando se deve usar este provérbio?
Usa‑se para comentar situações em que a falta de ocupação leva alguém a causar problemas, mexer em coisas que não sabe ou inventar trabalho desnecessário. É comum em contextos informais e familiares. - O provérbio é ofensivo para quem está desempregado?
Pode ser interpretado como julgador se aplicado sem consideração; convém distinguir entre ócio voluntário e desemprego forçado — o provérbio refere‑se sobretudo ao comportamento resultante do tédio, não às circunstâncias económicas. - Há formas mais neutras de transmitir a mesma ideia?
Sim: dizer que 'a ociosidade muitas vezes leva a problemas' ou 'quem não tem ocupação tende a inventar trabalho' mantém a mensagem sem o tom moralizador do provérbio.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar atitudes de quem está desocupado e acaba por causar confusão ou estragos por falta de ocupação.
- Tem tom moralizador e pode ser usado de modo jocoso ou repreensivo, sobretudo em contextos familiares ou comunitários.
- Não implica necessariamente malícia; muitas vezes refere‑se a inquietação ou tédio que leva à intervenção imprudente.
Exemplos
- Desde que a fábrica fechou, muitos ficaram sem tarefas e começaram a mexer em tudo — como se costuma dizer, quem não tem que fazer, deita a casa abaixo e torne‑a a erguer.
- Quando o grupo ficou sem instruções, alguns começaram a discutir e a desmontar o plano; foi preciso lembrar-lhes o provérbio para que se ocupassem com algo útil.
- Não lhe deixes tempo a mais; quando está ocioso, inventa problemas — já se viu que quem não tem que fazer deita a casa abaixo.
Variações Sinónimos
- Mãos ociosas fazem traquinices.
- A ociosidade é mãe de todos os vícios.
- Quem nada tem que fazer, inventa confusão.
Relacionados
- O trabalho dignifica o homem.
- Quem não trabalha, não come.
- Mais vale um dia de trabalho que cem de preguiça.
Contrapontos
- O ócio criativo: períodos de inatividade podem favorecer ideias e criatividade, não só problemas.
- A crítica moral à ociosidade deve considerar fatores sociais, como desemprego involuntário, em vez de culpar o indivíduo.
- Descanso e lazer planeado são necessários e saudáveis; estar sem tarefas não é sempre sinónimo de causar estragos.
Equivalentes
- inglês
Idle hands are the devil's workshop / Idle hands make mischief. - francês
L'oisiveté est mère de tous les vices. - espanhol
La ociosidad es la madre de todos los vicios. - alemão
Müßiggang ist aller Laster Anfang.