Quem não vê o perigo, não o teme.

Quem não vê o perigo, não o teme.
 ... Quem não vê o perigo, não o teme.

Quem desconhece um risco tende a não o recear; a falta de perceção reduz a precaução.

Versão neutra

Quem desconhece o risco não o teme.

Faqs

  • O provérbio justifica a falta de medidas de segurança?
    Não. Explica um comportamento observado, mas não é justificação para omissão de responsabilidades; a prevenção e a informação são necessárias.
  • Posso usar este provérbio para criticar alguém?
    Pode ser usado para apontar falta de perceção do risco, mas deve evitar-se o tom acusatório, sobretudo em situações em que faltou informação ou alternativas.
  • É equivalente a 'What you don't know can't hurt you'?
    Sim, em muitos contextos transmitem a mesma ideia: a ignorância reduz o receio. Nem sempre as nuances coincidem, porém.

Notas de uso

  • Usa-se para explicar comportamentos descuidados motivados por ignorância ou ausência de informação.
  • Registo: coloquial e proverbial; apropriado em conversas, textos reflexivos e advertências.
  • Evitar usar para culpar vítimas de acidentes ou situações perigosas em que lhes faltou escolha ou informação.
  • Útil em contextos de prevenção (saúde, segurança no trabalho, educação) para justificar formação e sensibilização.

Exemplos

  • Na reunião de segurança, o chefe lembrou: 'Quem não vê o perigo, não o teme' — por isso é importante formar todos os novos colaboradores.
  • Quando falámos da tempestade prevista, percebi que na população rural valia a pena informar melhor as pessoas: quem não vê o perigo, não o teme.
  • Ele andava sem cinto porque nunca tinha tido um acidente; nem sempre se lembra que quem não vê o perigo, não o teme.

Variações Sinónimos

  • Quem não vê perigo, não tem medo.
  • Quem desconhece o risco não o teme.
  • O que não se conhece não se teme.

Relacionados

  • Olhos que não veem, coração que não sente.
  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • A ignorância é atrevida.

Contrapontos

  • Conhecer o perigo pode aumentar o medo, mas permite agir e reduzir o risco — o conhecimento nem sempre causa paralisia.
  • Usar o provérbio para justificar falta de apoio ou informação é problemático; a responsabilidade de prevenir e informar é social.
  • Algumas pessoas sentem medo mesmo sem ver riscos evidentes — as reações ao perigo são individuais e culturais.

Equivalentes

  • inglês
    What you don't know can't hurt you (semelhante: out of sight, out of mind).
  • espanhol
    Lo que no se ve no se teme / Ojos que no ven, corazón que no siente.
  • francês
    Ce que l'on ignore ne fait pas peur (parfois rapproché de « loin des yeux, loin du cœur »).