Quem no perigo abandona o seu semelhante, é responsável pela sua desgr

Quem no perigo abandona o seu semelhante, é respo ... Quem no perigo abandona o seu semelhante, é responsável pela sua desgraça

Atribui responsabilidade moral (e, em alguns contextos, legal) a quem deixa alguém desamparado em situação de perigo, por contribuir para a sua desgraça.

Versão neutra

Quem abandona alguém em perigo contribui para a sua desgraça.

Faqs

  • Qual é a origem deste provérbio?
    É um provérbio de transmissão oral e de sentido moral; não há uma fonte documentada única conhecida. Reflete normas sociais antigas sobre solidariedade e dever de ajuda.
  • Tem valor jurídico afirmar que alguém é responsável por abandonar outro em perigo?
    Depende do ordenamento jurídico. Em alguns países existe dever de socorro ou leis que penalizam o abandono em perigo; noutros, a responsabilidade é mais moral do que legal.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se discute a importância da ajuda mútua, responsabilidade comunitária ou se critica a omissão de socorro em situações claras de perigo. Deve evitar-se em situações ambíguas ou em que a intervenção fosse impossível.
  • Pode ser usado para culpar vítimas?
    Não. O provérbio refere-se a quem abandona; usá‑lo para culpar a própria pessoa em perigo distorce o sentido e pode constituir vitimização.

Notas de uso

  • Usado para enfatizar deveres de ajuda mútua e responsabilidade social em situações de risco.
  • Tom geralmente moral ou ético; pode ser invocado em debates sobre solidariedade, dever cívico ou responsabilidade profissional.
  • Não é uma regra legal universal: a obrigação jurídica de socorro varia conforme a legislação de cada país.
  • Cuidado ao aplicar o provérbio em casos complexos — nem sempre é possível prestar ajuda sem pôr terceiros em risco.

Exemplos

  • Quando o barco começou a afundar, acusaram o capitão: 'Quem no perigo abandona o seu semelhante, é responsável pela sua desgraça', disse um dos passageiros.
  • Num debate sobre políticas sociais, a vereadora lembrou: 'Quem no perigo abandona o seu semelhante, é responsável pela sua desgraça' para justificar a criação de serviços de apoio.
  • Ao refletirem sobre o incêndio, os vizinhos concordaram que não deviam ter ignorado o pedido de ajuda: 'Este provérbio lembra-nos da importância de agir quando alguém está em perigo.'

Variações Sinónimos

  • Quem abandona o próximo em apuros, traz sobre si a culpa
  • Quem deixa o seu semelhante em perigo é responsável pelo seu infortúnio
  • Quem não socorre o aflito, tem parte na sua desgraça
  • Quem abandona um amigo na necessidade é culpado do seu destino

Relacionados

  • Amigo na necessidade é amigo verdadeiro
  • A caridade bem aplicada começa em casa
  • Fazer o bem sem olhar a quem (variação de sentido sobre a ajuda)

Contrapontos

  • Existem situações em que prestar auxílio põe em risco a vida de quem ajuda — a autoconservação pode ser justificável.
  • A obrigação legal de socorro não existe em todos os ordenamentos; em alguns países há leis que obrigam a prestar assistência, noutros não.
  • O provérbio não deve servir para culpar pessoas que, por incapacidade física, distância ou ausência de meios, não puderam intervir.
  • Avaliar responsabilidade exige conhecer factos concretos: intenção, possibilidade de ajuda e consequências previsíveis.

Equivalentes

  • inglês
    He who abandons his fellow in danger is responsible for his misfortune.
  • espanhol
    Quien abandona a su semejante en peligro, es responsable de su desgracia.
  • francês
    Qui abandonne son semblable en danger est responsable de son malheur.