Quem nunca subiu uma montanha, não conhece a planície

Quem nunca subiu uma montanha, não conhece a plan ... Quem nunca subiu uma montanha, não conhece a planície

Só através da experiência de enfrentar dificuldades ou obstáculos se ganha a perspetiva necessária para valorizar a tranquilidade, a simplicidade ou uma visão mais ampla.

Versão neutra

Só quem enfrenta dificuldades ganha a perspetiva para apreciar a tranquilidade.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Significa que a experiência de enfrentar dificuldades (a 'montanha') dá uma perspetiva e uma capacidade de apreciação que quem não passou por isso não tem. É uma forma de valorizar a aprendizagem através da prática e da resistência.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o ao falar sobre crescimento pessoal, aprendizagem profissional, liderança ou resiliência — por exemplo, ao justificar a importância de experiência prática ou de enfrentar desafios para ganhar visão e maturidade.
  • Há cuidados a ter ao usar este provérbio?
    Sim. Pode ser interpretado como condescendente ou como uma justificação de sofrimento desnecessário. Evite usá‑lo para menosprezar trajetórias diferentes ou para sugerir que o sofrimento é a única forma válida de aprendizagem.

Notas de uso

  • Usa-se para sublinhar a importância da experiência prática e da resistência diante de desafios.
  • Apropriado em contextos de aprendizagem, liderança, desenvolvimento pessoal e profissional.
  • Pode soar moralizador ou excludente; evita-se quando se pretende reconhecer mérito sem comparar sofrimentos.
  • Registo: coloquial a neutro; adequa-se a conversas, discursos motivacionais e textos reflexivos.

Exemplos

  • Depois de anos a gerir projetos com prazos impossíveis, a equipa compreendeu que 'quem nunca subiu uma montanha, não conhece a planície' — só quem passou por crises sabe aproveitar a calma entre elas.
  • No final do curso, o professor disse aos alunos que 'quem nunca subiu uma montanha, não conhece a planície' para lhes explicar por que é que os exames difíceis deixam uma perceção diferente sobre a facilidade das tarefas futuras.
  • Quando discutiam prioridades, a directora usou o provérbio para justificar a necessidade de investir em formação: sem experiências exigentes, não se reconhece o valor da prática tranquila.

Variações Sinónimos

  • Quem não enfrenta a tempestade, não sabe o valor da bonança.
  • Só quem sobe a montanha enxerga a extensão da planície.
  • Não se conhece a tranquilidade sem ter conhecido a luta.

Relacionados

  • Só se conhece o valor da paz depois da guerra.
  • Só quem passou fome sabe o valor do pão.
  • Aprender a duras penas.

Contrapontos

  • Nem toda a apreciação da calma exige sofrimento prévio; é possível valorizar algo sem passado traumático.
  • Afirmar que o sofrimento é obrigatório para aprender pode desconsiderar experiências legítimas e diversas.
  • O provérbio pode ser usado para desvalorizar quem teve percursos diferentes; cuidado com interpretações excludentes.

Equivalentes

  • inglês
    You can't know the plains until you've climbed the mountain. (ou) You don't appreciate the calm until you've weathered the storm.
  • espanhol
    Quien no ha subido a la montaña no conoce la llanura.
  • francês
    Qui n'a jamais gravé une montagne ne connaît pas la plaine.