Quem olha a milho, não bota pitos
Alerta contra a parcimónia ou excesso de zelo nas pequenas coisas: quem é demasiado poupado ou cauteloso nas mínimas despesas/atenções perde os benefícios maiores.
Versão neutra
Quem é demasiado parcimonioso nas pequenas coisas não consegue obter os resultados ou benefícios maiores.
Faqs
- O que significa literalmente este provérbio?
Literalmente refere-se ao contexto agrícola: se alguém se preocupa excessivamente com o milho (ou poupa no alimento), as aves não se reproduzem ou não produzem; figurativamente, significa que poupar exageradamente nas pequenas coisas impede obter maiores benefícios. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar uma atitude de avareza ou excessiva contenção que impede investimentos, cuidados ou despesas necessárias para obter resultados futuros. - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo; tem um tom moralizador e pode ser usado de forma crítica. Deve ser evitado em confrontos formais ou quando se pretende ser neutral.
Notas de uso
- Uso coloquial, mais comum em contextos rurais ou familiares; também usado figurativamente em ambientes urbanos para criticar excesso de poupança ou avareza.
- Expressa crítica a quem economiza de forma excessiva no imediato, impedindo investimentos que dariam frutos no futuro.
- Não é ofensivo, mas tem tom moralizador; pode ser usado para repreender decisões curtas de vista.
Exemplos
- O João só compra comida barata para os animais; quem olha a milho, não bota pitos — daqui a nada as galinhas não dão mais ovos.
- A empresa cortou o orçamento da manutenção para poupar este ano, mas acabou por perder clientes; quem olha a milho, não bota pitos.
Variações Sinónimos
- Quem poupa demais nas miudezas perde nos ganhos grandes
- Quem é mesquinho nas pequenas coisas não tem frutos
- Quem quer poupar em tudo acaba por perder
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca (similar na ideia de que é preciso aceitar custos para obter ganhos)
- Não se faz omelete sem quebrar ovos (é preciso aceitar perdas parciais para alcançar um objetivo)
- Mais vale prevenir do que remediar (contraponto sobre prudência)
Contrapontos
- Em situações de crise, contenção rigorosa pode ser necessária — parcimónia nem sempre é negativa.
- Poupança e gestão cuidadosa dos recursos são prudentes quando há risco real; o provérbio critica sobretudo a avareza irracional.
- Investimentos mal pensados também podem levar a perdas; gastar mais nem sempre garante melhores resultados.
Equivalentes
- inglês
Penny wise, pound foolish. - espanhol
Ahorrar en lo pequeño y perder en lo grande (equivalente aproximado).