Quem pássaros receia, milho não semeia.
O medo de pequenos riscos ou perdas impede de tomar iniciativas que podem trazer benefícios; sem arriscar, não se colhem resultados.
Versão neutra
Quem teme pequenos riscos, não realiza grandes feitos.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio?
Significa que o medo excessivo de pequenos problemas impede a ação e a obtenção de resultados; incentiva a assumir riscos calculados. - Em que situações é adequado usá-lo?
Ao discutir decisões em que a inação, por receio de contratempos menores, impede oportunidades — por exemplo, iniciar um negócio, candidatar-se a um emprego ou lançar um projeto. - O provérbio incentiva a imprudência?
Não necessariamente. O provérbio contrapõe medo paralisante à ação, mas não dispensa avaliação de riscos. Deve ser aplicado quando o receio é desproporcional ao risco real. - Tem origem conhecida?
A origem exacta não é documentada; trata-se de sabedoria popular com base em metáforas agrárias comuns em comunidades rurais.
Notas de uso
- Usa-se para criticar excessiva cautela que invalida a ação prática.
- Tem origem na metáfora agrária: se se teme que os pássaros comam a semente, não se planta e não há colheita.
- Aplicável em contextos pessoais, profissionais e financeiros para incentivar decisão e iniciativa.
- Não é um apelo à imprudência; refere-se a riscos calculados e à necessidade de agir mesmo perante possíveis contratempos.
- Tom geralmente coloquial e proverbial; pode ser usado em conversas informais e escritos de opinião.
Exemplos
- Se estivermos sempre à espera que tudo seja perfeito, nunca lançamos o projeto — quem pássaros receia, milho não semeia.
- Ele deixou de procurar clientes por medo do fracasso; lembrei-lhe que quem pássaros receia, milho não semeia e que é preciso tentar.
Variações Sinónimos
- Quem tem medo dos pássaros, não semeia o milho.
- Quem teme o prejuízo, evita o ganho.
- Quem não arrisca não petisca.
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (diferença: prudência vs. risco)
- Às vezes a hesitação custa mais que o erro
Contrapontos
- Cautela pode ser prudente: alguns riscos podem ter consequências graves e justificar a não ação.
- Nem todo risco compensa; avaliar probabilidade e impacto é essencial antes de agir.
- O provérbio pode ser mal usado para justificar decisões impulsivas ou irresponsáveis.
Equivalentes
- English
He who fears the birds will not sow the corn. / Nothing ventured, nothing gained. - Español
Quien teme a los pájaros no siembra el maíz. / Quien no arriesga no gana. - Français
Qui craint les oiseaux ne sème pas le blé. / Qui ne risque rien n'a rien. - Italiano
Chi teme gli uccelli non semina il granoturco. / Chi non risica non rosica. - Deutsch
Wer die Vögel fürchtet, sät keinen Mais. / Wer nicht wagt, der nicht gewinnt.