Quem planta vento, colhe tempestade; quem planta amor, colhe saudade.
Ações negativas provocam consequências graves; gestos de afeto podem gerar lembranças e saudade.
Versão neutra
Quem provoca males terá consequências sérias; quem dá amor fica com lembranças e saudade.
Faqs
- O provérbio aplica‑se só a relações pessoais?
Não. A primeira parte é frequentemente usada para advertir sobre consequências de actos nocivos em qualquer âmbito (social, político, económico). A segunda parte tem uso mais recorrente em contextos afectivos, mas pode também referir efeitos emocionais em contextos mais amplos. - É um provérbio pessimista?
Tem um tom de aviso e melancolia: a primeira cláusula é claramente preventiva, enquanto a segunda reconhece a dimensão emocional do amor, que nem sempre se traduz em resultados práticos positivos, podendo gerar saudade. - Posso usar este provérbio em escrita formal?
Sim, desde que apropriado ao contexto. A primeira parte é aceitável em discursos analíticos ou críticas; a segunda é mais poética e funciona bem em textos literários ou reflexivos.
Notas de uso
- Usado como aviso moral: quem provoca problemas sofrerá resultados piores.
- A segunda cláusula tem tom mais poético e recorda que o amor pode deixar memória e saudade mesmo quando não é correspondido ou quando acaba.
- Emprega-se tanto em contextos pessoais (relações) como sociais ou políticos para enfatizar causa e efeito.
- Registo: mistura de proverbial (primeira parte) e lírico/afectivo (segunda parte).
Exemplos
- Depois de anos de más decisões e de enganar os parceiros, acabou falido — provou que quem planta vento, colhe tempestade.
- Ela tratou-o com carinho durante meses; quando ele partiu, ficou a sentir falta e recordá‑lo — quem planta amor, colhe saudade.
- Num conselho à junta, advertiu-se que políticas populistas e irresponsáveis podem trazer desordem: 'quem planta vento, colhe tempestade' foi a expressão usada.
Variações Sinónimos
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Quem semeia amor, colhe saudade.
- Semear vento, colher tempestade; semear amor, colher lembrança.
Relacionados
- Colhe-se o que se semeia.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Cada acção tem a sua consequência.
Contrapontos
- Nem toda má ação resulta sempre numa consequência imediata; há situações de impunidade ou redenção.
- Semeando amor não se garante necessariamente apenas saudade — pode haver reciprocidade, crescimento mútuo ou felicidade duradoura.
Equivalentes
- inglês
He who sows the wind will reap the whirlwind; he who sows love reaps longing. - espanhol
Quien siembra vientos, recoge tempestades; quien siembra amor, recoge nostalgia. - francês
Qui sème le vent récolte la tempête; qui sème l'amour récolte la nostalgie.