Quem poupa o seu inimigo, às mãos lhe morre

Quem poupa o seu inimigo, às mãos lhe morre ... Quem poupa o seu inimigo, às mãos lhe morre

Adverte que mostrar leniência para com um inimigo pode permitir que ele volte a causar-nos dano.

Versão neutra

Quem poupa um inimigo pode vir a ser prejudicado por ele.

Faqs

  • O que significa exatamente este provérbio?
    Significa que a clemência perante alguém considerado hostil pode permitir que essa pessoa nos cause mal no futuro; é um aviso contra a indulgência com inimigos.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer justificar precaução, firmeza ou medidas preventivas perante alguém cuja conduta se considera perigosa ou desleal. Evite-o em contextos que promovam reconciliação ou respeito pelas normas legais.
  • É um conselho moralmente aceitável?
    Depende do valor que se dá ao perdão versus à autoproteção. O provérbio privilegia a prudência e a desconfiança; em contrapartida, há argumentos morais a favor do perdão e da justiça restituiva.
  • Qual é a origem histórica desta expressão?
    A origem concreta é incerta; trata-se de um provérbio popular presente na tradição ibérica, transmitido oralmente ao longo de gerações.
  • Há contextos em que a mensagem do provérbio é perigosa?
    Sim. Interpretado literalmente, pode justificar violência, vingança ou ausência de processos legais. Deve ser ponderado com princípios éticos e legais.

Notas de uso

  • Usa-se para justificar precaução ou firmeza perante alguém considerado hostil.
  • Tem tom conservador e desconfiado; evoca retaliação ou ingratidão futura pelo adversário poupado.
  • Não é apropriado em contextos que valorizem reconciliação, perdão ou soluções legais; pode soar ameaçador.
  • Registo: informal a coloquial; surge em conversas sobre política, negócios ou relações pessoais conflituais.

Exemplos

  • Após o acordo mal sarado com a empresa concorrente, o director comentou: «Quem poupa o seu inimigo, às mãos lhe morre» e reforçou as cláusulas de proteção.
  • Quando o treinador decidiu não suspender o jogador violento, os adeptos lembraram o provérbio: quem poupa o seu inimigo, às mãos lhe morre — e mais tarde o clube arrependeu-se.
  • Num debate sobre política internacional, alguém afirmou que perdoar sistematicamente agressões sem garantias pode ser perigoso: «Quem poupa o seu inimigo, às mãos lhe morre».
  • Na família, ao aconselhar prudência numa reconciliacão precipitada, a avó murmurou este provérbio, sugerindo cautela.

Variações Sinónimos

  • Quem perdoa o inimigo, pode ser traído por ele.
  • Poupar o inimigo é convidar-lhe a voltar a ferir.
  • Quem dá tréguas ao inimigo, expõe-se ao perigo.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Gato escaldado tem medo de água fria.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades.

Contrapontos

  • O perdão e a misericórdia podem quebrar ciclos de vingança e permitir reconciliação duradoura.
  • Soluções legais e institucionais (justiça, mediação) são alternativas mais seguras do que retaliar ou eliminar um inimigo.
  • Em muitos casos, mostrar clemência tem valor moral e prático: pode transformar um adversário em aliado.

Equivalentes

  • Inglês
    He who spares his enemy may be harmed by him.
  • Espanhol
    Quien perdona a su enemigo puede acabar sufriéndolo.
  • Francês
    Celui qui épargne son ennemi peut en pâtir plus tard.
  • Latim (tradução)
    Qui hostem suum parcit, ab eo laeditur.