O Diabo faz com uma mão e desfaz com a outra

Esforços ou ações que são logo anulados por outras, tornando o trabalho inútil ou contraditório.

Versão neutra

O que se faz de um lado é desfeito do outro

O que significa este provérbio?
Refere-se a ações ou decisões que se anulam mutuamente, fazendo com que o esforço inicial seja inútil ou contradito por atos posteriores.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar ou ironizar situações em que medidas, ordens ou esforços se contradizem ou cancelam entre si; usado em contexto coloquial e crítico.
O provérbio tem conotação religiosa?
Embora mencione o 'Diabo', trata-se de uma imagem tradicional e figurada; na maior parte dos usos é uma expressão cultural, não uma afirmação teológica.
É um provérbio formal ou informal?
É de registo coloquial; usa-se em linguagem informal, crónicas, conversas e opiniões críticas.

Usa-se para criticar situações em que atos se contradizem ou se anulam mutuamente.
Tom frequentemente irónico ou desaprovador; pode referir-se a pessoas, políticas ou procedimentos.
Registo coloquial; aparece em contextos familiares e jornalísticos informais.
Não implica necessariamente literalidade religiosa; 'Diabo' é imagem tradicional de causa do problema.

A administração implementou medidas para reduzir custos, mas as novas normas internas aumentaram as despesas — é o diabo que faz com uma mão e desfaz com a outra.
Reparámos a tubagem ontem, mas hoje outra equipa cortou um cano sem avisar; parece que o diabo faz com uma mão e desfaz com a outra.
Os esforços para melhorar a qualidade foram anulados por vozes que insistem em medidas contraditórias — isto é um caso em que se faz com uma mão e se desfaz com a outra.

Nem sempre a anulação é negativa: às vezes desfaz-se algo para o corrigir ou melhorar.
Em organizações complexas, contradições podem resultar de falta de coordenação e não de intenção de anular.