Quem quiser, que enfie a carapuça.
Expressão que indica que, se alguém se sentir visado por uma crítica ou comentário, deve admitir que se aplica a essa pessoa.
Versão neutra
Se alguém se sentir atingido pela crítica, que a reconheça.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que, se alguém se sentir atingido por aquilo que foi dito, então essa pessoa deve reconhecer que a observação lhe diz respeito. - É uma expressão ofensiva?
Pode ser considerada ofensiva ou provocadora, dependendo do contexto e do tom. É coloquial e tende a fechar o diálogo, por isso deve ser usada com cautela. - Quando é apropriado usar esta expressão?
É mais apropriada em contextos informais, entre pessoas que tenham intimidade ou quando se pretende enfatizar que a crítica é clara. Evitar em situações formais ou com interlocutores sensíveis. - Qual é a origem desta expressão?
Não há origem documentada precisa; trata‑se de uma expressão idiomática popular que usa a imagem da 'carapuça' (chapéu) como metáfora para algo que 'serve' à pessoa visada.
Notas de uso
- Uso coloquial e muitas vezes directo ou sarcástico; pode ferir susceptibilidades.
- Emprega‑se normalmente após uma observação crítica para indicar que a responsabilidade recai sobre quem se reconhecer.
- Não é adequada em contextos formais ou quando se pretende evitar conflito; pode ser interpretada como provocatória.
- Pode servir para dispensar explicações adicionais: implica “se te enquadras, não preciso dizer mais”.
- Quando usada, convém avaliar se o alvo é realmente uma pessoa concreta ou se a generalização é injusta.
Exemplos
- Disse que a falta de seriedade traz problemas à equipa — quem quiser, que enfie a carapuça.
- Não era um ataque pessoal, mas percebi que alguns ficaram incómodos; quem quiser, que enfie a carapuça.
Variações Sinónimos
- Se a carapuça serve, que a use.
- Se alguém se reconhecer na crítica, que a assuma.
- Quem se sente visado, que se reconheça.
Relacionados
- Quem cala consente.
- Quem tem telhado de vidro não atire pedras.
- Se a roupa serve, veste‑a.
Contrapontos
- Evitar generalizações: acusá‑los com ironia pode ser injusto se ninguém foi claramente referido.
- Em vez de provocar, é geralmente mais construtivo apontar exemplos concretos e dialogar.
- Uso em público pode causar desconforto e deteriorar relações profissionais ou pessoais.
Equivalentes
- inglês
If the cap fits, wear it. / If the shoe fits, wear it. - espanhol
El que se pica, ajos come. / Si la gorra te queda, póntela. - francês
Qui se sent visé, qu'il se reconnaisse (equivalente literal/expressão usada informalmente).