Quem se faz de mel, vespas o comem

Quem se faz de mel, vespas o comem.
 ... Quem se faz de mel, vespas o comem.

Quem se mostra demasiado doce, acessível ou atraente pode atrair quem aproveita essa fragilidade ou tenta tirar-lhe proveito.

Versão neutra

Se alguém se mostra muito atraente ou dócil, pode acabar por atrair pessoas que lhe fazem mal.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa‑o para avisar alguém sobre risco de exposição excessiva ou de ser aproveitado pela sua boa‑fé, especialmente em contextos profissionais ou ao lidar com desconhecidos.
  • O provérbio implica que a vítima é culpada?
    Literalmente sugere que a atitude da pessoa atraiu o problema; contudo, não deve servir para justificar abusos nem para culpar quem sofreu dano.
  • Há alternativas mais neutras para expressar a mesma ideia?
    Sim: «Ser demasiado confiante pode ser perigoso» ou «Cautela evita ser aproveitado» são versões menos imagéticas e menos propensas a interpretações moralizantes.
  • É um provérbio usado em contextos formais?
    É mais comum em registo coloquial; em contextos formais prefere‑se linguagem direta e menos proverbial.

Notas de uso

  • Usa‑se para advertir alguém contra comportamento excessivamente submisso, exibicionista ou demasiado conciliador que possa atrair prejuízos.
  • Emprega‑se em contextos pessoais, profissionais e sociais, quando se quer dizer que mostrar vulnerabilidade pode ter consequências negativas.
  • Tomar este provérbio ao pé da letra pode levar a culpar a vítima; é prudente evitar usá‑lo para justificar abusos ou agressões.

Exemplos

  • André andou a fazer publicidade ao seu projecto sem proteção legal e agora tem concorrentes a copiar; quem se faz de mel, vespas o comem.
  • Não passes todas as informações da empresa a desconhecidos; ser demasiado acessível pode trazer problemas — quem se faz de mel, vespas o comem.
  • Ela foi demasiado complacente com certos pedidos e acabou sobrecarregada: às vezes a bondade sem limites é explorada.

Variações Sinónimos

  • Quem se faz de mel, as vespas o comem
  • Quem se mostra doce, atrai vespas
  • Quem se põe à mostra, arrisca ser atacado

Relacionados

  • Quem dá o que não deve, perde o que tem (advertência contra generosidade imprudente)
  • Não se dá mel a quem tem boca de vespas (variante popular menos comum)
  • Quem semeia ventos, colhe tempestades (sobre consequências de ações)

Contrapontos

  • Ser afável ou conciliador nem sempre é negativo; em muitas situações a empatia e a abertura resolvem conflitos.
  • Evitar mostrar vulnerabilidade por medo pode impedir relações de confiança e cooperação.
  • O provérbio não deve ser usado para justificar agressões ou para culpar pessoas que foram prejudicadas.

Equivalentes

  • Español
    Quien se hace miel, las avispas se lo comen.
  • English
    If you lay out honey, you attract bees. (Used figuratively: attracting trouble by being too inviting)
  • Français
    Qui se fait miel, les guêpes le rongent. (variante pouco corrente)