Quem serve, não responde.
Expressa a ideia de que quem está numa posição de serviço ou subordinada deve cumprir ordens ou tarefas sem discutir ou justificar-se.
Versão neutra
Quem está ao serviço deve cumprir ordens sem discutir.
Faqs
- Em que contextos se usa este provérbio?
Usa-se sobretudo em situações hierárquicas — militar, laboral, doméstico ou de serviço — para sublinhar obediência, mas também pode aparecer em sentido figurado para indicar que quem faz um favor não deve reclamar. - É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
Depende do contexto. Pode ser percebido como antiquado ou autoritário; é prudente evitá-lo em situações em que se pretende promover diálogo, direitos laborais e respeito mútuo. - O provérbio implica que a pessoa que serve não tem direitos?
Literalmente não, mas interpretá‑lo assim pode levar a justificar abuso de poder. Uma leitura responsável distingue obediência de aceitação de condições injustas.
Notas de uso
- Frequentemente usado em contextos hierárquicos (doméstico, laboral, militar) para sublinhar obediência ou ausência de questionamento.
- Pode ser dito de forma literal (um empregado não responde pelo patrão) ou figurada (quem presta um favor não deve reclamar).
- Hoje pode soar autoritário ou antiquado; o seu uso requer cuidado, sobretudo em ambientes que valorizam diálogo e direitos individuais.
- Pode ser usado de modo irónico para criticar a desigualdade de poder ou para justificar disciplina.
Exemplos
- No quartel, o sargento lembrou aos recrutas: 'Quem serve, não responde' — enfatizando que a prioridade era cumprir as instruções.
- Quando a empresa pediu horas extra para um projeto urgente, alguns colegas justificaram a aceitação com o provérbio: 'Quem serve, não responde', embora outros tenham pedido conversas sobre compensação.
Variações Sinónimos
- Quem serve não manda.
- Quem serve, obedece.
- Quem está ao serviço não discute.
Relacionados
- El que sirve no manda (variação em espanhol)
- Quem serve não manda (variação popular em português)
Contrapontos
- Valores contemporâneos defendem o direito de explicação, proteção contra abusos e canais de diálogo mesmo para quem ocupa posições de serviço.
- Num contexto profissional, esperar silêncio absoluto pode esconder exploração; a obediência não elimina a responsabilidade de quem manda.
Equivalentes
- es
El que sirve no manda. - en
He who serves does not command (approximate). - fr
Qui sert n'ordonne pas (aproximatif).