Quem seu bem usurpa ao dono, não espere tranqüilo sono.
Quem obtém bens alheios indevidamente vive inquieto e com medo das consequências, não conseguindo descansar em paz.
Versão neutra
Quem usurpa o bem alheio não dorme tranquilo.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que quem obtém bens de forma injusta ou ilícita tende a viver com inquietação, medo de ser descoberto e remorso, o que perturba o descanso. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em advertências morais, críticas a práticas desonestas e discussões sobre ética. Pode também ser usado ironicamente para comentar ganhos suspeitos. - Este provérbio tem origem religiosa ou literária conhecida?
A origem é popular e oral; não há uma fonte literária ou religiosa claramente identificada associada a esta formulação específica. - Ainda é relevante hoje?
Sim. A ideia de que ganhos ilícitos acarretam custos psicológicos e riscos práticos mantém-se relevante em debates sobre corrupção, fraude e comportamento pessoal.
Notas de uso
- Usa-se para advertir contra o roubo, a fraude ou ganhos obtidos por meios ilegítimos.
- Tem um tom moral e preventivo: enfatiza o remorso e o receio de punição como consequências psicológicas do acto.
- Adequado em contextos discursivos que tratam de ética, justiça ou responsabilidade pessoal; também usado com ironia perante ganhos suspeitos.
- Forma e ortografia podem variar (ex.: 'tranquilo' em vez de 'tranqüilo') conforme norma ortográfica e época.
Exemplos
- Depois de ter aceitado o pagamento por um serviço que não prestou, sentiu-se culpado e lembrou-se do provérbio: quem seu bem usurpa ao dono, não espere tranqüilo sono.
- Os rumores sobre como aquela fortuna foi amealhada cresceram; colegas comentaram que o dinheiro suspeito traz sempre inquietação — afinal, quem usurpa o bem alheio não dorme tranquilo.
Variações Sinónimos
- Quem toma o que é alheio não dorme sossegado.
- Quem rouba não tem descanso.
- O fruto do roubo não dá repouso.
- Quem seu bem usurpa ao dono, não espere dormir em paz.
- Quem obtém ganho ilícito vive inquieto.
Relacionados
- Quem semeia vento colhe tempestades (consequências de más acções).
- O fruto do roubo não dura (benesses ilícitas são frágeis).
- A consciência é a melhor polícia (remorso interior como controlo do comportamento).
Contrapontos
- Há quem cometa actos ilícitos sem demonstrar remorso ou preocupação, pelo menos visivelmente.
- Em alguns casos, ganhos obtidos de forma duvidosa podem permanecer sem consequências práticas para o agente (impunidade).
- Algumas tradições socioculturais relativizam actos considerados ilícitos noutras sociedades, tornando o provérbio menos aplicável.
Equivalentes
- Inglês
Ill-gotten gains never prosper / He who steals sleeps uneasily. - Espanhol
Lo robado no da descanso / Quien hurta, no duerme tranquilo. - Francês
Bien mal acquis ne profite jamais (o ganho mal adquirido não dá proveito). - Italiano
Il guadagno illecito non dà pace.