Quem sofre de cãibra, não atravessa rio a nado.
Advertência para reconhecer limitações: quem tem um impedimento não consegue realizar uma tarefa exigente; aconselha prudência antes de assumir riscos.
Versão neutra
Quem tem cãibras não consegue atravessar um rio a nado.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que é importante reconhecer limitações pessoais ou circunstanciais: não vale a pena tentar algo para o qual não se tem condições. - Quando devo usar esta expressão?
Use-a para aconselhar prudência ao planear tarefas arriscadas ou quando alguém pretende assumir responsabilidades para as quais não está preparado. - É uma expressão ofensiva?
Geralmente não é ofensiva; funciona como conselho. Contudo, em contextos sensíveis pode soar condescendente se aplicada a quem tem uma incapacidade real. - Aplica-se literalmente?
Sim — literalmente indica que uma pessoa com cãibras musculares não deve tentar nadar longas distâncias por risco de afogamento.
Notas de uso
- Usado sobretudo em sentido figurado para sublinhar que alguém não tem capacidades ou condições para uma determinada tarefa.
- Tom geralmente aconselhador; pode ser usado de forma directa ou paternalista dependendo do contexto.
- Registo popular e coloquial; não é um provérbio formal, mas é facilmente compreendido em Portugal.
- Pode também aplicar-se literalmente, referindo a alguém com cãibras musculares que não deve nadar por segurança.
Exemplos
- O Pedro queria liderar o projeto sem experiência, mas o chefe lembrou-lhe: «Quem sofre de cãibra, não atravessa rio a nado» — melhor ganhar prática primeiro.
- Depois da corrida sentiu uma cãibra na perna e a treinador disse-lhe para não nadar; literalmente, quem sofre de cãibra não atravessa rio a nado.
- Quando a empresa pediu uma reestruturação que exigia competências que não tínhamos, pensei: é preferível recusar do que falhar — quem sofre de cãibra, não atravessa rio a nado.
Variações Sinónimos
- Quem tem cãibras não atravessa o rio a nado.
- Não se atravessa um rio com uma perna partida.
- Não se exija o impossível a quem não tem condições.
- Cada um conhece os seus limites.
Relacionados
- Cada um sabe de si
- Não se pede peras ao olmo
- Mais vale prevenir do que remediar
- Não se atira à água sem saber nadar
Contrapontos
- Quem não arrisca, não petisca — encoraja a assumir riscos e tentar, mesmo com possibilidade de falhar.
- Água mole em pedra dura tanto bate até que fura — sugere que a persistência pode compensar limitações iniciais.
Equivalentes
- inglês
Don't bite off more than you can chew. - espanhol
No pidas peras al olmo. - francês
Ne demandez pas l'impossible.